domingo, novembro 10, 2024

Perry Rhodan – O mundo dos três planetas

 


No volume 38 da série Perry Rhodan, Crest e Thora tentam voltar para Árcon acompanhados dos terranos. Mas quando chegam lá, descobrem que não são bem-vindos e que o império agora é comandado por um robô. Na verdade, eles nem mesmo conseguem chegar à sede do império, ficando presos em um planeta periférico.

No número 39, “O mundo dos três planetas”, Rhodan resolve ir com os arcônidas para Árcon em uma gasela (uma nave menor).

O título é uma referência à característica única de Árcon, um mundo composto por três planetas que compartilham a mesma órbita ao redor do sol – uma demonstração do avanço da tecnologia arcônida. O primeiro mundo é reservado exclusivamente para áreas residenciais. O segundo, para o comércio, indústria e abastecimento alimentar. O terceiro é o planeta da guerra, onde fica a gigantesca frota arcônida.

A passagem do grupo pelo planeta residencial, no qual eles encontram o Imperador (e descobrem que ele não tem poder algum) é um dos momentos mais interessantes do livro ao mostrar a cultura e a arquitetura arcônida. Uma das características desse povo é fugir ao máximo de qualquer coisa que possa lembrar a uniformização. “Nenhum parque se parece com o outro e ninguém criará o mesmo animal doméstico que o vizinho”, explica Thora.

Também é explicado como funcionam as naves esféricas arcônidas, com os jatos montados no anel equatorial.

A capa alemã destacava a gigantesca nave Titã. 


O volume é escrito por K.H. Scheer, um dos melhores autores da franquia, que já demostra sua grande capacidade descritiva logo na primeira página: “Caíram dos céus como um bando de mosquitos gordos e repugnantes. Seus ferrões eram pesados canhões energéticos. As vísceras abrigadas atrás de blindagens resistentes pulsavam num ritmo tão preciso que jamais seria atingido por qualquer combinação orgânica de células vivas”.

O plano de Rhodan e os arcônidas Crest e Thora é temerário: roubar um supercouraçado arcônida, uma nave monstruosa de 1.500 metros. Para isso, eles se fazem passar por voluntários vindos de um dos mundos periféricos do império sob liderança de dois arcônidas da classe superior.  Mas como fazer isso em meio à vigilância do computador regente?

O resultado é uma trama extremamente tensa, repleta de ação militar, no melhor estilo K.H. Scheer.

Uma curiosidade é que o volume traz a atencipação da tecnologia Wi-fi. No caso não para sinal de internet, mas para energia usada pelo  computador que controla as naves arcônidas.

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