domingo, novembro 03, 2024

Perry Rhodan – A rota para Andromeda

 


A rota para andromeda, escrito por K. H. Scheer, inicia o ciclo dos Senhores das Galáxias, considerado pelos leitores um dos melhores ou até o melhor de toda a série.

O livro é marcado pela estreia de um personagem carismático e marcante: o halutense Icho Tolot. Esse personagem é uma quebra total com a fase inicial da série, na qual todos os personagens não humanos eram considerados vilões. Scheer o descreve assim: “Tolot parecia um verdadeiro monstro trajado de verde, com olhos brilhantes avermelhados, em baixo dos quais havia um nariz quase imperceptível e uma boca larga, que antes parecia a goela de um animal”. Além disso, Tolot tem quatro braços e tamanho descomunal e sua raça é bissexual. Seu corpo pode enrijecer a ponto de se tornar praticamente indestrutível e ele pode, como um míssil, percorrer distâncias de centenas de quilômetros sem se cansar. Para completar o quadro, Tolot pode se alimentar de qualquer coisa, inclusive pedras.

O personagem se envolve na história, quando outro halutense resgata astronautas terranos que parecem ter enlouquecido. Tolot se oferece para leva-los aos terranos movido pelo que os halutenses chamam de “lavagem forçada”, um impulso irresistível à aventura.

A capa original alemã.


Quando chega ao planeta onde estão Rhodan e o comando maior do império solar, a desconfiança é geral, em especial da parte de Atlan, que num passado distante tivera uma experiência desagradável com halutenses. Rhodan, no entanto, trata o monstro como um hóspede.

- Sinto-me satisfeito porque o senhor conseguiu superar a impressão causada por minha aparência. Uma inteligência só pode ser considerada amadurecida quando é capaz de avaliar as outras criaturas exclusivamente com base em critérios espirituais e morais. – diz o halutenese.

De certa forma, essa fala reflete o amadurecimento dos próprios autores da série. Curiosamente, o primeiro personagem a se afeiçoar ao recém-chegado é Gucky, o primeiro personagem não humano da série que não foi mostrado como vilão.

Mas, como um bom livro da série Perry Rhodan, este aqui precisava de ação e essa começa quando um frota terrana vai ao local em que foram resgatados os astronautas e encontra uma impossibidadade astrômica: seis sois alinhados exatamente para formar um hexágono, um conjunto que torna-se um meio de transportar naves para o longícuo sistema de Andrômeda.

Mas o mecanismo é uma armadilha mortal para naves não autorizadas, de modo que os terranos só conseguem sobreviver graças à intervenção e Tolot.

A rota para Andrômeda é um início grandioso e surpreendente para um dos ciclos mais importantes da série.

Em tempo: a nave usada pelos terranos é a Crest, uma homenagem ao cientista arcônida morto no final do segundo ciclo.

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