Na tradição de histórias de Natal um curioso exemplo é a história escrita por Mike Friedrich e desenhada por Neal Adams e publicada Batman 219, de 1970.
Na história, o cavaleiro das trevas está patrulhando Gothan quando responde ao Batsinal. “Qual a emergência essa noite, comissário?”, pergunta ele. “Sem emergências, Batman!”, responde o outro. O objetivo do chamado é convencer o herói a passar a noite com os policiais, comemorando o Natal. “A véspera de Natal não é um dia que você deva estar em patrulha... é uma noite feliz!”.
Batman é convencido a passar a noite de Natal comemorando com policiais. |
Convencido, Batman acaba se juntando aos agentes da lei em canções de natal. Mas o que estaria acontecendo com a cidade enquanto isso? Friedrich e Neal Adams mostram em sequências maravilhosas, entremeadas por trechos do herói cantando. Garotos roubam o presente que uma mulher carrega, mas quando percebem que é um boneco do Batman, resolvem devolver. Um bandido circula pela cidade pretendendo fazer um assalto. Mas quando se depara com um Batman (na verdade é um cego pedindo doações), desiste e joga a arma no lixo. Uma mulher, cujo marido está na guerra, tenta o suicídio se jogando de uma ponte, mas desiste ao ver uma imagem que lembra um morcego refletida na água.
Neal Adams dá um show nas expressões faciais. |
A moral é que a simbologia do Batman é equivalente ao espírito de Natal.
É uma história curta, colocada depois da história principal, mas que aproveita bem o tema natalino e o grande talento de Neal Adams para expressões faciais.
Sem comentários:
Enviar um comentário