Há obras que não parecem nada promissoras e nos surpreendem. Um exemplo disso é Leo, animação lançada pela Netflix e dirigida por Robert Smigel, David Wachtenheim e Robert Marianetti.
A premissa parece receita para dar sono. O personagem principal é uma iguana que vive em um aquário, ao lado de uma tartaruga, em uma sala de uma escola infantil norte-americana. Leo passou dos 70 anos e acredita que irá morrer em breve, razão pela qual pretende realizar um antigo sonho: conhecer a vida natural, a floresta. A oportunidade surge quando uma nova professora implementa uma tarefa para as crianças: levar um dos animais para casa durante a semana e cuidar dele.
Na primeira visita, a criança descobre que Leo consegue falar, mas ao invés disso se tornar um desastre, torna-se uma oportunidade: ao conversar com o réptil a criança consegue compreender a si mesma e recebe conselhos que a ajudarão no seu cotidiano.
A fórmula se repete diversas vezes: Leo é acolhido por uma criança e a ajuda em algum dificuldade ajudando-a a superar dificuldades.
A grande capacidade de Leo é saber ouvir e compreender, algo que parece faltar para todas as crianças, o que se reflete em comportamentos pouco saudáveis, como do menino que é acompanhado o tempo todo por um drone que deve “cuidar de sua segurança”, mas que o impede de manter relações sociais.
Leo tem pouquíssimas cenas de ação (e as as poucas são realmente é ótimas), sendo calcado principalmente na envolvente relação do protagonista com as crianças.
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