sexta-feira, dezembro 27, 2024

Perry Rhodan 69 – A morte espera no semi-espaço

 



Nas primeiras aventuras, para conseguir o dom de não envelhecer, Rhodan, Bell e o exército de mutantes precisavam, a cada 62 anos, se submeter a uma ducha celular no planeta Peregrino. O número 69 da série mostra o grupo se deparando com os problemas relacionados a uma das tentativas de conseguir essa ducha.

Acontece que o planeta peregrino tinha, no número anterior, sido sugado pela dimensão dos druffs e, quando saiu foi para um espaço desconhecido, que parece estar entre as dimensões.

O volume é escrito por Kurt Mahr, que era pouco eficiente em desenvolver tramas humanas e esse é um livro que quase nada acontece. Clark Darlton compensaria isso criando tramas no planeta peregrino, que apresenta simulacro de indivíduos de todas as espécies da galáxia. Mahr preferiu ficar num campo mais confortável para ele, assim ele enche a metade do volume de descrições técnicas e “teorias matemáticas” sobre esse espaço entre as dimensões.



Essa parte inicial, que ocupa simplesmente metade do volume, seria de dar sono, não fosse por duas sequências: aquela em que Ras Tschubai quebra o próprio braço para escapar de uma armadilha e aquela em que Rhodan entra numa crise de consciência, perguntando-se se vale todo esse esforço de centenas de pessoas para que ele e mais alguns continuem jovens. Essa última dá humanidade para o personagem, que muitas vezes parece perfeito e seguro demais.

A coisa se torna realmente interessante quando Bell em uma nave pequena e Rhodan em outra conseguem alcançar o planeta peregrino. Os motores de ambas as naves pifam e aparentemente nenhum dos dois conseguirá alcançar a cidade a tempo de reativar a ducha celular. A forma como Bell consegue isso de fato uma sacada interessante.

Esse volume se destaca por ser a primeira vez em que os leitores descobrem que o ativador celular usado por Atlan foi presenteado a ele pelos habitantes do planeta Peregrino.

Sem comentários: