Um dos pontos altos da fase de Roger Stern à
frente do golias esmeralda é a saga do Líder, que se estende dos números 223 ao
225.
Na história, algo acontece que cura Banner,
fazendo com que ele não se transforme mais no Hulk. Isso é mostrado em uma sequência
hilária em que o monstro cai próximo de um casal de namorados e reverte para o
cientista. “Por algum motivo, a química do meu corpo deve ter mudado o
suficiente para... esgotar a radiação química do meu corpo. Viva! Estou curado”,
comemora o cientista. Quando ele, feliz, dá um beijo na garota, e recebe um
soco do namorado enciumado, vem a comprovação: mesmo com raiva, ele não se
transforma.
Sal Buscema sabia como ninguém demonstrar a ferocidade do Hulk.
De fato, ele controla até mesmo o Doutor
Sanson, impondo a ele um bloqueio mental que o impede de atacar o vilão. Assim,
só o Hulk poderia deter o sujeito, mas o Hulk não existe mais. Ou existe?
Roger Stern engana o leitor colocando um Hulk
para lutar contra o Líder, mas este é apenas um robô criado pelos militares e
guiado por Banner através de um “arreio de controle gama”, o que quer que isso
signifique. O aparelho, aliás, quase provoca a morte de Banner e a única solução
encontrada para salvar sua vida... é transformá-lo novamente no Hulk!
Ou seja: a cura de Banner é usada apenas como
uma estratégia narrativa de suspense, fazendo com que uma história que poderia
durar um número se estenda por três edições. É divertido, mas passa o longe de
ser o melhor do roteirista.
Só o Hulk poderia deter o Líder.
Um grande destaque aqui vai para o desenho de
Sal Buscema que se consolida como o desenhista definitivo do golias esmeralda. A
página dupla em que ele cai no meio dos namorados depois de um salto é
impressionante. O mais novo dos Buscema destaca a força e agressividade dele
com várias estratégias. Uma delas é aumentando o tamanho dos pés do personagem,
o que lhe dá a aparência de alguém bruto.
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