O volume 210 da série Perry Rhodan é todo centrado em uma nave terrana tentando refazer os passos da Crest para, assim, achar os desaparecidos. Seria um volume para matar de tédio, não fosse pela estratégia do escritor H.G. Ewers de centrar sua narrativa em um personagem carismático, o tenente Omar Hawk e seu mascote Sherlock, o “okrill domesticado”.
Os dois já aparecem logo no início do
primeiro capítulo. Ambos estão em uma sauna quando Sherlock espirra. Alguém
grita, no meio dos vapores:
- Saúde!
“Se o desconhecido que acabara de gritar
soubesse quem era a criatura que acabara de espirrar dificilmente se atreveria
a dizer uma coisa dessas. O okrill não era apreciado por qualquer pessoa, nem
mesmo num mundo que estava acostumado a muita coisa esquisita. No exterior,
Sherlock tinha certa semelhança com um sapo terrano muito fino, de cerca de um
metro de comprimento e meio metro de altura. Era bem verdade que tinha oito
pernas”.
Ewers cria toda uma situação na sauna, com um
leve toque de humor, que faz com que nos interessemos pelo livro logo de cara.
No final, o mascote acaba sendo fundamental
para encontrar a Crest, pois possui a capacidade de reconstruir os
acontecimentos passados a partir dos rastros infravermelhos deixados pelos
mesmos. Por outro lado, sua ligação com o tutor faz com que o mesmo possa ver o
que ele está vendo.
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