No número 18 da série da Tropa Alfa, a trama
que vinha se delineando envolvendo o personagem Shaman e sua filha finalmente
teve início.
Na história, escavações na cidade de Calgary
fazem renascer um mal ancestral que deverá ser enfrentado pelo herói e sua
filha. E esse mal se revela na casa de um velho ranzinza chamado Stang.
Shaman enfrenta ovos mexidos...
O monstro se revela quando a neta do ranzinza
está na cozinha e incorpora em... ovos mexidos. Sério, ovos mexidos! É essa
ameaça que Shaman enfrenta.
Depois, quando se revela que aquilo era
apenas uma distração para um mal maior, pensei: ótimo, Byrne usa algo ridículo
como forma de destacar, através do contraste, a ameaça real.
... até que a verdadeira ameaça se revela...
E a ameaça é um ser ancestral chamado Ranaq
que incorpora no velho Stang e depois na neta dele – e aqui temos uma sequência
maravilhosa com a moça sendo transformada em um ser monstruoso com uma bocarra
imensa e dentes ameaçadores. Em paralelo a isso, a filha de Shaman tem suas
habilidade místicas despertadas.
Mas, no final, tudo acaba sendo resolvido da
forma mais simples possível: o Shaman tira alguns ornamentos da sua bolsa de
medicina, joga na direção do monstro e ele desaparece.
... Mas,apesar das aparências, não era uma ameaça tão grave assim.
Em nenhum momento o leitor sente que existe
uma ameaça real por mais que Byrne nos desenhos se esforce para destacar essa ameaça.
John Byrne nitidamente tinha boas ideias, mas
também tinha muitas dificuldades em desenvolvê-las.
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