segunda-feira, março 31, 2025

Perry Rhodan – Gigantes do polo sul

 


No número 213 da série Perry Rhodan os personagens estão miniaturizados (em uma proporção de um para mil) na superfície do planeta Horror. A única chance de voltar ao normal parece ser destruir a base no polo sul, o que, teoricamente, os devolveria ao tamanho normal.

Mas como seres minúsculos, reduzidos a insetos, poderiam destruir uma base com quilômetros de extensão? E pior: sem poder usar armas atômicas, já que todo o material atômico perdeu sua função durante o processo de miniaturização. Além disso, eles podem contar apenas com aviões dos modelos antigos.

O volume é o relato dessa missão suicida e árdua cujo melhor momento é a escalada pela cúpula que protege a base. Os personagens são tão pequenos que conseguem descansar nas reentrâncias do metal.

Capa alemã. 


Além da própria dificuldade da escalada em si, o grupo ainda precisa levar os explosivos. Apesar de ser um peso enorme para os personagens miniaturizados, tudo junto representa apenas um quilo de explosivos. Seria possível causar algum dano real no equipamento que provocou a miniaturização?

O livro é escrito por H.G. Ewers, que faz um bom trabalho, descrevendo bem todos os obstáculos enfretados pelos personagens, apesar de algumas partes que não fazem sentido ou não estão contextualizadas. À certa altura, por exemplo, o autor solta a frase: “E tudo isso se juntava ao ruído provocado pelos átomos liberados...”, mas não explica o que está provocando isso. Parece que o autor tinha em mente a explicação para essa frase, mas esqueceu de colocar no livro.

Mas o maior problema desse volume é que ele parece totalmente descartável. A missão é um retumbante fracasso e não interfere em nada na situação dos terranos. Eles chegam lá, percebem que o local é grande demais para se procurar um local estratégico, e simplesmente montam a bomba na engrenagem mais próxima e depois saem correndo. E, claro, isso não provoca nenhum dano real, servindo apenas para colocar as defesas da base mecanizada no encalço dos aviões, provocando mais e mais situações de desgaste físico e mental.

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