No número 213 da série Perry Rhodan os personagens estão miniaturizados (em uma proporção de um para mil) na superfície do planeta Horror. A única chance de voltar ao normal parece ser destruir a base no polo sul, o que, teoricamente, os devolveria ao tamanho normal.
Mas como seres minúsculos, reduzidos a
insetos, poderiam destruir uma base com quilômetros de extensão? E pior: sem
poder usar armas atômicas, já que todo o material atômico perdeu sua função
durante o processo de miniaturização. Além disso, eles podem contar apenas com
aviões dos modelos antigos.
O volume é o relato dessa missão suicida e
árdua cujo melhor momento é a escalada pela cúpula que protege a base. Os
personagens são tão pequenos que conseguem descansar nas reentrâncias do metal.
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Capa alemã. |
Além da própria dificuldade da escalada em
si, o grupo ainda precisa levar os explosivos. Apesar de ser um peso enorme
para os personagens miniaturizados, tudo junto representa apenas um quilo de
explosivos. Seria possível causar algum dano real no equipamento que provocou a
miniaturização?
O livro é escrito por H.G. Ewers, que faz um
bom trabalho, descrevendo bem todos os obstáculos enfretados pelos personagens,
apesar de algumas partes que não fazem sentido ou não estão contextualizadas. À
certa altura, por exemplo, o autor solta a frase: “E tudo isso se juntava ao
ruído provocado pelos átomos liberados...”, mas não explica o que está
provocando isso. Parece que o autor tinha em mente a explicação para essa
frase, mas esqueceu de colocar no livro.
Mas o maior problema desse volume é que ele
parece totalmente descartável. A missão é um retumbante fracasso e não
interfere em nada na situação dos terranos. Eles chegam lá, percebem que o local
é grande demais para se procurar um local estratégico, e simplesmente montam a
bomba na engrenagem mais próxima e depois saem correndo. E, claro, isso não
provoca nenhum dano real, servindo apenas para colocar as defesas da base
mecanizada no encalço dos aviões, provocando mais e mais situações de desgaste
físico e mental.
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