sábado, julho 19, 2025

Perry Rhodan – A morte sideral

 


O volume 220 da série Perry Rhodan começa com uma situação angustiante. Os três teleportadores (Tako Kakuta, Ras Tschubal e Gucky) estão perdidos no espaço depois de terem destruído a fortaleza dos maahks. Embora toda a frota terrana esteja em busca deles, achar três pessoas na imensidão do vácuo é como achar uma agulha em um palheiro. Para piorar, o oxigênio está acabando.

É essa situação dramática que Clark Darlton explora no livro A morte sideral. E explora muito bem. Darlton é um dos melhores escritores da série e consegue transformar o livro em que uma obra que te prende desde o início pela situação terrível dos personagens, cuja vida parece estar por um fio.

Os personagens fazem de tudo para encontrar um planeta com o oxigênio, mas suas expectativas vão sendo frustradas uma a uma. Até mesmo quando encontram um planeta com gelo, o resultado é desesperador: o líquido não é formada por oxigênio e hidrogênio.

Quando finalmente eles se deparam com uma nave, é como sair da frigideira para cair no fogo: a nave é dos aconenses, inimigos dos terranos, que os entregam para os maahks sobreviventes com os quais fizeram uma aliança.


Darlton faz questão de mostrar a incrível capacidade de recuperação dos respiradores de metano, que em alguns dias constroem uma estrutura complexa no novo planeta.

Apesar de ser um pouco forçada a forma como os personagens conseguem sair dessa situação desesperadora, a narrativa é tão fluída e bem construída, que o leitor em nenhum momento duvida do curso dos acontecimentos.

Em outras palavras: é um livro que prende o leitor do início até o fim. Depois de vários livros arrastados, esse é um verdadeiro alívio.

Aliás, esse livro me fez lembrar um conselho de um amigo que me apresentou a série Perry Rhodan: “Não vá pela capa”, disse ele. De fato, dificilmente eu poderia pensar em uma capa tão sem graça que a deste volume.

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