O volume 220 da série Perry Rhodan começa com uma situação angustiante. Os três teleportadores (Tako Kakuta, Ras Tschubal e Gucky) estão perdidos no espaço depois de terem destruído a fortaleza dos maahks. Embora toda a frota terrana esteja em busca deles, achar três pessoas na imensidão do vácuo é como achar uma agulha em um palheiro. Para piorar, o oxigênio está acabando.
É essa situação dramática que Clark Darlton explora no
livro A morte sideral. E explora muito bem. Darlton é um dos melhores escritores
da série e consegue transformar o livro em que uma obra que te prende desde o
início pela situação terrível dos personagens, cuja vida parece estar por um
fio.
Os personagens fazem de tudo para encontrar um planeta com
o oxigênio, mas suas expectativas vão sendo frustradas uma a uma. Até mesmo
quando encontram um planeta com gelo, o resultado é desesperador: o líquido não
é formada por oxigênio e hidrogênio.
Quando finalmente eles se deparam com uma nave, é como sair
da frigideira para cair no fogo: a nave é dos aconenses, inimigos dos terranos,
que os entregam para os maahks sobreviventes com os quais fizeram uma aliança.
Apesar de ser um pouco forçada a forma como os personagens
conseguem sair dessa situação desesperadora, a narrativa é tão fluída e bem
construída, que o leitor em nenhum momento duvida do curso dos acontecimentos.
Em outras palavras: é um livro que prende o leitor do
início até o fim. Depois de vários livros arrastados, esse é um verdadeiro
alívio.
Aliás, esse livro me fez lembrar um conselho de um amigo
que me apresentou a série Perry Rhodan: “Não vá pela capa”, disse ele. De fato,
dificilmente eu poderia pensar em uma capa tão sem graça que a deste volume.
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