segunda-feira, setembro 01, 2025

Guerras Secretas – Crises internas

 


A série Guerras Secretas foi criada a partir de uma pesquisa de marketing com garotos americanos que mostrou que as palavras que mais chamavam a atenção deles eram “guerras” e “secreto”. Jim Shooter, o editor-chefe da Marvel e roteirista, fez o roteiro todo baseado nessa ideia sem se preocupar muito com detalhes ou verossimilhança. O importante era ter coisas “secretas” acontecendo e “porrada” o tempo todo. No número 3 isso fica flagrante.

A história começa com Magneto libertando Vespa, que havia sido sequestrada por ele, e entrando em um intercurso romântico com ela. 

Magneto encontra tempo para namorar. 


Saca o diálogo dos dois:

- Sentiu minha falta? Que animador!

- Não se empolgue...

- Quem sabe isso faz você mudar de ideia!

- Ei! MMMM!

- Um pequeno interlúdio de paz em meio ao caos!

- Não... não

No quadro seguinte os dois já estão aos beijos. Pense numa garota fácil de conquistar.

Duas vilãs surgem do nada. Coisa de Jim Shooter. 


Enquanto isso, Doutor Destino transformava duas mulheres em duas novas vilãs, Vulcana, com poderes térmicos, e Titânia, uma mulher super-forte. A questão aí é que não existe explicação nenhuma para isso. De onde o vilão tirou essas mulheres? Parece que o roteirista simplesmente tirou as personagens da cartola. E, se destino pode dar tamanho poder a alguém, porque ele não concede esse poder a si mesmo? Nada fazia muito sentido. Na verdade, não fazia sentido nenhum.

Nesse meio tempo, Thor encontra tempo para paquerar Encantor. Pense num rolê aleatório.

Thor encontra tempo para namorar. 


A história termina com os vilões atacando de surpresa o QG dos heróis logo depois de uma tempestade – um ataque que já tinha sido previsto pelo sentinela da liberdade. E isso acontece porque o Hulk “esquece” de avisar o Capitão América, que a tempestade havia acabado. 

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