A série Guerras Secretas foi criada a partir de uma pesquisa de marketing com garotos americanos que mostrou que as palavras que mais chamavam a atenção deles eram “guerras” e “secreto”. Jim Shooter, o editor-chefe da Marvel e roteirista, fez o roteiro todo baseado nessa ideia sem se preocupar muito com detalhes ou verossimilhança. O importante era ter coisas “secretas” acontecendo e “porrada” o tempo todo. No número 3 isso fica flagrante.
A história começa com Magneto libertando Vespa, que havia sido sequestrada por ele, e entrando em um intercurso romântico com ela.
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Magneto encontra tempo para namorar. |
Saca o
diálogo dos dois:
- Sentiu minha falta? Que animador!
- Não se empolgue...
- Quem sabe isso faz você mudar de ideia!
- Ei! MMMM!
- Um pequeno interlúdio de paz em meio ao caos!
- Não... não
No quadro seguinte os dois já estão aos beijos. Pense numa
garota fácil de conquistar.
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Duas vilãs surgem do nada. Coisa de Jim Shooter. |
Enquanto isso, Doutor Destino transformava duas mulheres em
duas novas vilãs, Vulcana, com poderes térmicos, e Titânia, uma mulher
super-forte. A questão aí é que não existe explicação nenhuma para isso. De
onde o vilão tirou essas mulheres? Parece que o roteirista simplesmente tirou
as personagens da cartola. E, se destino pode dar tamanho poder a alguém,
porque ele não concede esse poder a si mesmo? Nada fazia muito sentido. Na
verdade, não fazia sentido nenhum.
Nesse meio tempo, Thor encontra tempo para paquerar
Encantor. Pense num rolê aleatório.
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Thor encontra tempo para namorar. |
A história termina com os vilões atacando de surpresa o QG
dos heróis logo depois de uma tempestade – um ataque que já tinha sido previsto
pelo sentinela da liberdade. E isso acontece porque o Hulk “esquece” de avisar
o Capitão América, que a tempestade havia acabado.
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