A primeira diretriz é um elemento tão importante em Jornada
nas Estrelas quanto as três leis da robótica nas histórias de Isaac Asimov.
Segundo esse princípio, nenhuma nave da federação deve interferir no
desenvolvimento de planetas desconhecidos. Isso inclui o uso da força por
qualquer motivo, inclusive salvar membros da tripulação.
O episódio Pão e circo, da segunda temporada gira todo em
torno da primeira diretriz.
Na história, a Entreprise está em uma patrulha de rotina
quando encontra os destroços de uma nave de pesquisa, a Beagle e segue os
rastros até encontrar o planeta ao redor do qual teria acontecido o acidente.
Ao captar sinais emitidos pelo planeta, assistem um programa de TV com jogos de
gladiadores em que um deles, morto durante combate é chamado de William B.
Harrison, um dos tripulantes da Beagle. Kirk, McCoy e Spock descem para
investigar.
O que encontram é uma sociedade que reflete o mundo romano,
com escravos, senhores e lutas de gladiadores, mas com a tecnologia do século
XX, como se o império romano tivesse sobrevivido até nossa época. O trio é
aprisionado e Spock e McCoy são forçados a lutar na arena enquanto Kirk é
pressionado a dar ordens para a tripulação da Entreprise ir descendo aos
poucos, desarmados, de modo que todos se tornariam escravos ou gladiadores.
Apesar de uma cena forçada, em que kirk vive uma noite de
amor com uma escrava, feita nitidamente para providenciar o interesse
romântico, o episódio é um ótimo exemplo de um roteiro inteligente e criativo. É também um daqueles bons episódios cujo tema
são as tiranias.
Mas o grande destaque vai para os ótimos diálogos. Quando
estão na cela, McCoy acusa Spock de apenas fingir não ter sentimentos. A cena
termina com os dois nitidamente preocupados com Kirk, que aparece na cena
seguinte se divertindo com uma loira. O puro suco de Jornada nas Estrelas.
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