Algo que sempre me incomodou na série Perry Rhodan é o fato
de quase nunca aparecerem câmeras de segurança nas histórias. Os mutantes e
outros agentes terranos agem livremente e só são vistos quando há alguém por
perto. No mundo em que vivemos hoje, com câmeras para todos os lugares, isso
parece um absurdo. A primeira vez que aparece uma central de câmeras de
segurança é no número 228 da série.
Na trama, os agentes maahks tinha contrabandeado para a via
lactea um aparelho chamado Trilha de desvio de impulsos, com o qual transportaram
uma grande nave com um equipamento maior, capaz de abrir uma ponte para nossa
galáxia para milhares de naves sem que os humanos percebessem.
Rakal Woolver, um mutante capaz de viajar nas ondas
eletromagnéticas é arregimentado para descobrir o que está acontecendo. Seu irmão
gêmeo tinha sido morto pelo inimigo e um duplo é enviado no lugar para espionar
os humanos. Os humanos, no entanto, transformam a espionagem em
contra-espionagem ao mandarem o irmão gêmeo no lugar do duplo de volta.
Ao descobrir o que o inimigo está prestes a iniciar a
invasão da via Lactea, o agente terrano resolve destruir o equipamento dos invasores.
É aí que ele encontra a central de câmeras. Isso, no entanto, não interfere na
sua missão, já que ninguém aparentemente está vendo as câmeras, o que é um contrassenso.
Apesar disso, é um volume empolgante, até por ser escrito
pelo melhor autor da série, William Voltz. O escritor, na sua tradição de humanizar
os extraterrestres, inventa até um animal de estimação do comandante maahk, um Rhy-eerin:
“Tratava-se de um ser capaz de dar saltos enormes em condições de gravidade
normais. Seus braços alcançavam praticamente todos os ninhos e covas em que a
caça escolhida por Grek-1 costumava se esconder”. Quando o agente terrano, para
se salvar, mata o animal, o comandante fica consternado, algo no mínimo
inusitado.


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