sexta-feira, setembro 29, 2006
quinta-feira, setembro 28, 2006
Paranóia

Raul Seixas
Quando esqueço a hora de dormir
E de repente chega o amanhecer
Sinto a culpa que eu não sei de que
Pergunto o que que eu fiz?
Meu coração não diz e eu...
Eu sinto medo!
Eu sinto medo!
Se eu vejo um papel qualquer no chão
Tremo, corro e apanho pra esconder
Medo de ter sido uma anotação que eu fiz
Que não se possa ler
E eu gosto de escrever, mas...
Mas eu sinto medo!
Eu sinto medo!
Tinha tanto medo de sair da cama à noite pro banheiro
Medo de saber que não estava ali sozinho porque sempre...
Sempre... sempre...Eu estava com Deus!
Eu estava com Deus!
Eu estava com Deus!
Eu tava sempre com Deus!
Minha mãe me disse há tempo atrás
Onde você for Deus vai atrás
Deus vê sempre tudo que cê faz
Mas eu não via Deus
Achava assombração, mas...
Mas eu tinha medo!Eu tinha medo!
Vacilava sempre a ficar nu lá no chuveiro, com vergonha
Com vergonha de saber que tinha alguém ali comigo
Vendo fazer tudo que se faz dentro dum banheiro
Vendo fazer tudo que se faz dentro dum banheiro
Para...nóia
Dedico esta canção:Para Nóia!
Com amor e com medo (com amor e com medo)
Com amor e com medo (com amor e com medo)
Com amor e com medo (com amor e com medo)
Com amor e com medo (com amor e com medo)...
Com amor e com medo...
Sin City

Quando esteve no Brasil, o quadrinista norte-americano Howard Chaykin disse que o país parecia uma grande Gothan City. Todo mundo na platéia riu e ele foi severo: Se eu fosse vocês, não riria. Se o Brasil é Gothan City, Macapá é Sin City. Vejam isso.
quarta-feira, setembro 27, 2006

É proibido proibir
Caetano Veloso
A mãe da virgem diz que não
E o anúncio da televisão
E estava escrito no portão
E o maestro ergueu o dedo
E além da porta há o porteiro, sim
Eu digo não
Eu digo não ao não
Eu digo
É proibido proibir
É proibido proibir
É proibido proibir
É proibido proibir
Me dê um beijo, meu amor
Eles estão nos esperando
Os automóveis ardem em chamas
Derrubar as prateleirasAs estantes, as estátuas
As vidraças, louças, livros, sim
Eu digo sim
Eu digo não ao não
Eu digo
É proibido proibir
É proibido proibir
É proibido proibir
É proibido proibir

Podem me processar, me prender e até me torturar, mas eu não vou usar bigode, nem vou deixar de gostar de bolo de cenoura:
BOLO DE CENOURA
3 cenouras grandes;
2 xícaras de açúcar;
2 xícaras de farinha de trigo;
1 xícara de óleo;
4 ovos;
1 colher(sopa) de fermento em pó.
COBERTURA DE CHOCOLATE
1 ½ xícara de leite;
1 xícara de achocolatado ou chocolate em pó;
½ xícara de açúcar;
1 colher(sopa) de margarina.
Santoro já tem data para estrear em Lost
Por Marcelo Hessel26/9/2006
A rede ABC anunciou ontem o nome do personagem de Rodrigo Santoro em Lost. E aproveitou para avisar que ele aparecerá já no segundo episódio da terceira temporada, que vai ao ar no dia 11 de outubro por lá. Leia mais
A rede ABC anunciou ontem o nome do personagem de Rodrigo Santoro em Lost. E aproveitou para avisar que ele aparecerá já no segundo episódio da terceira temporada, que vai ao ar no dia 11 de outubro por lá. Leia mais

Terminou ontem a terceira edição de O Aprendiz. Venceu Alselmo. Perdeu a Bia. Cada representava um estilo diferente. Bia representava a pessoa que pisa nos outros para subir na vida, a falta de ética. Emblemática a prova da pizzaria, em que ela, na porta, sorria vendo Ianne se ferrar no salão. Ela sabia que Yanne era a líder e seria responsabilizada pelo fracasso da prova. Bia é uma pessoa que joga contra o time se isso for positivo para ela. Seu jeito arrogante e autoritário lembra alguns políticos brasileiros. Com Anselmo, venceu a ética. Tomara que o povo brasileiro, em especial o amapaense, vote como Roberto Justus.
"Um dia vieram e levaram meu vizinho que era judeu. Como não sou judeu, não me incomodei.
No dia seguinte, vieram e levaram meu outro vizinho que era comunista. Como não sou comunista, não me incomodei.
No terceiro dia vieram e levaram meu vizinho católico. Como não sou católico, não me incomodei.
No quarto dia, vieram e me levaram; já não havia mais ninguém para reclamar..." Martin Niemöller, 1933
No dia seguinte, vieram e levaram meu outro vizinho que era comunista. Como não sou comunista, não me incomodei.
No terceiro dia vieram e levaram meu vizinho católico. Como não sou católico, não me incomodei.
No quarto dia, vieram e me levaram; já não havia mais ninguém para reclamar..." Martin Niemöller, 1933
sábado, setembro 23, 2006
HQ censurada do Super-homem

Um amigo me mandou uma curiosidade: uma HQ do Super-homem que foi censurada na época da ditadura militar. Escrita por Jerry Siegel e desenhada por Curt Swan, "Cidadão Lex Luthor" foi publicada nos EUA em 1963 na revista Action Comics, numa época em que as relações de Jerry Siegel com a DC eram boas (antes, claro, dele pedir direitos autorais sobre o personagem que ele havia criado). Aqui deveria sair em 1965, mas foi censurada pela ditadura militar, que a considerou uma ameaça à "democracia" brasileira. Trata-se daquilo que a DC chamava de uma história imaginária, uma HQ que não interferia na cronologia do personagem e, talvez por isso, tenham sido as histórias que os autores soltavam mais a imaginação.
Em "Cidadão Lex Luthor", Lex Luthor, o grande vilão da série, resolve se candidatar a prefeito de Metrópolis. Clark Kent, então, escreve um artigo para o Planeta Diário lembrando todos os crimes que Luthor já havia cometido.
Pela lógica da história parece que todos lerão a matéria e a candidatura do vilão será impulgnada. Mas não é isso que acontece. Na verdade, os advogados de Luthor entram na justiça alegando que a matéria ofendeu a boa imagem de Lex Luthor. Clark Kent é preso, e nisso, descobre-se que ele é na verdade o Super-homem.
A cena final é apoteótica e mostra bem como eram as HQs da época. Super-homem é levado a um palanque, onde o prefeito pretende tirar dele a chave da cidade e dar para Lex Luthor. Vale lembrar que nos quadrinhos a chave da cidade é o maior símbolo de distinção, a maior premiação, então a cena tem o duplo objetivo de humilhar o Super-homem e mostrar a vitória de Luthor. Lois Lane e Jimmy Olsen choram, indignados, mas não podem fazer nada.
Mas, no meio da cerimônia, o herói percebe estranhos sinais de rádio. Usando sua super-velocidade, ele segue os sinais e descobre que Luthor colocara nas principais autoridades de Metrópolis um mecanismo que lhe permitia controlá-los à distância. Claro, o Super-homem destrói o mecanismo emissor e todos voltam a pensar normalmente. A história termina com o herói recebendo de volta a chave da cidade, por ter mais uma vez salvado Metrópolis... e Luthor aparece atrás das grades.
Uma história divertida, com reviravoltas interessantes e um senso crítico que despertou a fúria da Ditadura Militar brasileira.
sexta-feira, setembro 22, 2006
Auto-biografia musical

Até os 14 anos mais ou menos eu costumava dizer que não gostava de música. As referências que eu tinha a respeito eram os bregas que se ouvia em casa... e Erasmo Carlos, nos dias muito eruditos.
Acho que tinha também um disco do Roberto Carlos, do início da fase decandente.
Então eu não gostava de música. Até que um dia estava na casa de um amigo e ele me chamou no corredor para ouvir uma música que tocava no rádio de sua irmã: era Eduardo e Mônica, do Legião Urbana. A canção me arrebatou como se eu estivesse passando por um êxtase estético.
Eu nunca havia ouvido algo que falasse de maneira tão singela e inteligente de do que sentíamos. Nós éramos como o Eduardo, tão indeciso sobre a vida e sobre todas as outras coisas. Nós costumávamos cantar Eduardo e Mônica na frente do colégio, antes da campainha tocar.
Com o tempo fui conhecendo outras músicas do Legião Urbana e aprendendo que as músicas podiam expressar o que sentíamos, fosse alegria ou tristeza.
Um dia minha namorada (e atual esposa) gravou para mim uma fita com um mix de músicas que achava legais. No final da fita havia três músicas de Raul Seixas. O restante, daquele lado, era Milton Nascimento. Devolvi a fita e pedi para gravar o lado todo com o Raulzito. Eu o descobrira algum tempo antes, numa oficina de bicicletas. O pneu furou e, sem ter o que fazer, fiquei lá, ouvindo o que tocava no som da oficina. Era justamente Ouro de Tolo. Fiquei impressionado ao perceber que, apesar de muito popular, a múica tinha uma letra genial, uma bela reflexão filosófica sobre o sentido da vida. A letra era a personificação do que deveria ser a atitude de um artista:
Eu devia estar contente pelo senhor ter me concedido
Muito tempo depois, quando li O Mundo de Sofia, lembrei de Rauzito ao ler a descrição do maravilhamento e inquietude diante do mundo que deveriam caracterizar o filosófo. Estava tudo ali, em Ouro de Tolo.
Raul Seixas me mostrou que músicas podiam falar de qualquer assunto, de filosofia à política e ainda assim serem populares. Mostrou também que a popularidade não significa falta de qualidade.
Aos 19 anos eu já conhecia algo de música, mas ainda não havia sido apresentado aos Beatles. Um dia uma professora de redação jornalística (ela sempre reclamava que meus textos eram muito pessoais) me convidou para ir na casa dela. Chegando lá me deparei com uma enorme coleção de CDs e LPs. Eu nunca tinha visto um CD. "Escolhe um disco", ela encorajou. Escolhi Sgt Peppers, dos Beatles, até hoje o meu disco predileto do quarteto de Liverpoll.
Nunca poderia imaginar o êxatase que me arrebatou ao ouvir os acordes. Era como se, ao embalo de Lucy in The Sky With Diamonds, eu viajasse nos acordes. Legião Urbana e Raul Seixas eram bons, mas Beatles eram divindades que compunham músicas com poder sobrenatural.
Lembro que pouco tempo depois conversei com um amigo sobre o assunto e ele riu: "Agora que você descobriu os Beatles?!". Antes tarde do que nunca.
Juntei o pouco dinheirinho que tinha e comprei, em loja, os três grandes discos do quarteto: Sgt. Peppers, Revolver e Magical Mistery Tour em fita cassete (sim, naquela época vendia-se discos em fitas cassete).
A capa da revista Veja desta semana é o deputado Fernando Gabeira, um dos poucos políticos éticos e coerentes que permaneceram na política brasileira. No final da matéria, a revista dá algumas dicas para identificar um mau candidato. A dica número 1 é compara o que o candidato diz com o que ele fala, pesquisando no google (aí eu entendi porque alguns candidatos entraram com ação na justiça para censurar o Google). Outra dica é não votar em candidato que se diz democrata, mas aplaude ditadores ou toma medidas autoritárias.
quinta-feira, setembro 21, 2006
Lost Girls, de Alan Moore, tem tiragens esgotadas

Por Thiago Augusto (19/09/06)
As obras de Alan Moore são ricas em citações e referências, em especial as relacionadas à literatura. Tanto que ele já retratou vários personagens saídos dos livros nas páginas da Liga Extraordinária.
Em sua última obra pela Top Shelf , a graphic novel Lost Girls, o roteirista revela toda sua irreverência ao abordar a vida sexual três protagonistas de clássicas obras infantis. Moore deixou ao cargo de Melinda Gebbie a responsabilidade de materializar suas idéias. . Leia mais
Nostalgia do Terror: site resgata HQs do gênero no Brasil
Por Marcelo Naranjo (21/09/06)
O site Nostalgia do Terror tem como proposta resgatar as revistas em quadrinhos deste gênero publicadas no Brasil desde a década de 1950. Leia mais
O site Nostalgia do Terror tem como proposta resgatar as revistas em quadrinhos deste gênero publicadas no Brasil desde a década de 1950. Leia mais
quarta-feira, setembro 20, 2006
Gibihouse comemora os 30 anos de Kripta
Por Sidney Gusman (18/09/06)
Foi no dia 17 de setembro de 1976, que a RGE (atual Globo) lançou a revista Kripta, com HQs de terror, suspense e ficção científica produzidas nos Estados Unidos pela Warren Publishing, de James Warren que, em 1964, tirara do limbo as revistas de horror naquele país. Para comemorar os 30 anos do lançamento no Brasil, o Gibihouse, um site dedicado à memória virtual das revistas em quadrinhos brasileiras, mantido por Paulo Ricardo Abade Montenegro, colocou no ar todas as 60 capas de Kripta e também as da Shock, a revista "irmã" de Kripta, dos almanaques, superalmanaques e edições especiais. No total, são 74 imagens que foram escaneadas pelo colecionador Gérson Ribeiro Fasano. Leia mais
Foi no dia 17 de setembro de 1976, que a RGE (atual Globo) lançou a revista Kripta, com HQs de terror, suspense e ficção científica produzidas nos Estados Unidos pela Warren Publishing, de James Warren que, em 1964, tirara do limbo as revistas de horror naquele país. Para comemorar os 30 anos do lançamento no Brasil, o Gibihouse, um site dedicado à memória virtual das revistas em quadrinhos brasileiras, mantido por Paulo Ricardo Abade Montenegro, colocou no ar todas as 60 capas de Kripta e também as da Shock, a revista "irmã" de Kripta, dos almanaques, superalmanaques e edições especiais. No total, são 74 imagens que foram escaneadas pelo colecionador Gérson Ribeiro Fasano. Leia mais

Imagem sugestiva. Existem poderosos e ditadores que mandam e desmandam no mundo, verdadeiros vilões de histórias em quadrinhos. Mas, como nos quadrinhos, surgem aqueles dispostos a desafiá-los, apesar do perigo que correm.
HQs da Turma da Mônica utilizadas no Ensino Fundamental

Por Marcus Ramone (20/09/06)
No final do mês passado, Mauricio de Sousa, criador da Turma da Mônica, esteve no Colégio Puríssimo Coração de Maria, em Rio Claro/São Paulo, e ministrou uma palestra para cerca de 1500 pessoas. O quadrinhista prestigiou a escola que vem usando as HQs da Turma da Mônica na educação dos alunos de 1ª, 2ª e 3ª séries do Ensino Fundamental. Leia mais
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