Assistimos ônibus 174, o documentário de José Padilha (Tropa de Elite) sobre o sequestro do ônibus que abalou São Paulo. Impressionante. Para quem acredita no espiritismo é difícil não pensar em obsessão. Normalmente, em casos como esse, existe uma curva de violência. Isso significa que a tendência do sequestrador é se tornar cada vez menos violento, em decorrência da fome, sede, cansaço... mas no caso do Sandro, o que se via é que, a cada minuto que passava, ele se tornava mais violento. Ou melhor, ele acalmava e logo depois ficava violento de novo. É difícil dizer que o Bope tenha errado. A tendência, nesses casos é negociar, tentando a liberação de reféns e deixando o tempo passar, pois, quanto mais o tempo passa, mais a situação acalma. Mas algo deu errado no caso do Ônibus 174. Fica clara no filme a falha ao não invadir o ônibus quando se pensava que Sandro estava matando as reféns. Uma curiosidade: o verdadeiro Capitão Matias (de Tropa de Elite) aparece no documentário. Ele era um dos negociadores.
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