segunda-feira, março 31, 2008
Boa idéia
domingo, março 30, 2008
Grupo muçulmano assinala que Alá criou o homossexualismo
O grupo afirmou que a rejeição sofrida pelos homossexuais na Indonésia por questões religiosas não faz sentido e se deve, em grande medida, a certas interpretações intolerantes do Corão, informou hoje o jornal local "The Jakarta Post".
Siti Musdah Mulia, membro da Conferência de Religiões e Paz do país, explicou que o livro sagrado para os muçulmanos diz que é uma bênção que todos os seres humanos sejam iguais, independentemente de sua raça, riqueza, posição social ou inclusive sua orientação sexual. Leia mais
sábado, março 29, 2008
Filosofia teen
Assim, qualquer tentativa de trazer a filosofia para o mundo dos jovens deve ser aplaudida. Já houve alguns exemplos notáveis, como o Filosofando (de Maria Lúcia de Arruda Aranha e Maria Helena Pires Martins) , ou O Mundo de Sofia (de Jostein Gaarder), e agora temos mais um exemplo. Trata-se de Filosofia para adolescentes, de Yves Michaud (Escala educacional, 2007, 134 páginas).
Yves Michaud é filósofo, professor de Filosofia da Universidade de Rouen, ex-diretor da École Nationele de Beaux Arts de Paris. Ele maneja bem o assunto, mas faz abordagem diferente de livros predecessores, como O Mundo de Sofia. Ao invés de apresentar o assunto através de uma história da filosofia, Michaud prefere dividir o livro em temas de interesse dos jovens, em reflexões filosóficas, como ¨Por que precisamos de amor?¨, ¨Será a morte o fim de tudo?¨, ¨Somos livres?¨, ¨Pode a ciência explicar tudo?¨.
Cada capítulo inicia com um diálogo entre o autor e um grupo de adolescentes sobre o assunto em questão. É um ponto positivo, já que o volume parece ser direcionado a objetivos didáticos. A mesma discussão que o filósofo estabelece com os jovens pode ser travada em sala de aula, entre professor e alunos.
Para tornar a leitura mais agradável, o texto é entremeado de ilustrações cômicas (de autoria de Manu Boisteau) e de boxes com notas sobre filosófosos famosos. O recurso dos boxes permite aprofundar os temas, dando um embasamento sobre o que se está lendo. Espera-se que o leitor fique curioso e decida conhecer melhor o filósofo e suas idéias sobre o tema em reflexão no capítulo.
O livro seria todo excelente, uma ótima introdução para quem está dando os primeiros passos no assunto, não fossem por alguns pequenos detalhes. Não há, por exemplo, nenhuma informação biográfica sobre o autor. Além disso, o volume peca na revisão. Há erros bobos de digitação, como ¨engrançada¨ no lugar de ¨engraçada¨.
A capa também não parece muito chamativa para um livro que se pretende direcionado aos jovens.
Colocando na balança, os pontos positivos pesam mais que os pontos negativos. Filosofia para adolescentes pode ser uma boa introdução ao pensar ao mostrar que as a reflexão filosófica pode ser usada em assuntos de interesse dos jovens.
quinta-feira, março 27, 2008
Psicopatas: vidas de mentira
Eles não só se contentam em dizer que são neurocirurgiões ou advogados. Eles usam e abusam dos termos técnicos das profissões que fingem ter.
Alessandro Marques Gonçalves fingia que era médico e, forjando documentos, conseguiu empregos em três grandes hospitais de São Paulo. Quando foi descoberto, em 2006, já havia aleijado 23 pessoas e é suspeito da morte de 3. "Ele usa termos técnicos e fala com toda a naturalidade. Realmente parece um médico", disse o delegado que o prendeu.
Marcelo Nascimento Rocha fingiu ser filho da companhia aérea Gol e enganou diretores de novelas, atrizes, repórteres. Dono de muita lábia e simpatia, ninguém jamais desconfiou que ele não fosse quem dizia ser.
A professora carioca Ana (nome fictício) conheceu um rapaz que parecia ser o sonho de toda mulher: era bonito, atencioso e dizia ser diretor de uma multinacional, por isso vivia viajando para os EUA e Europa. "Em 5 meses a gente estava quase se casando, então a mãe dele revelou que era tudo mentira, que o filho dela enganava as pessoas desde criança. Depois que descobri as mentiras que ele me contou, passei um tempo me perguntando como tinha sido tão burra para acreditar naquilo.".
Ted Bundy costumava fingir que estava com o braço engessado e pedia ajuda de suas vítimas para levar livros até seu carro. Quando elas estavam sem ter como reagir, ele as atacava. Aparentemente nenhuma vítima jamais desconfiou que ele estava fingindo.
Além da incrível capacidade para mentir (ou incapacidade para dizer a verdade), os psicopatas são envolvidos por uma aura de simpatia e magnetismo.
Mesmo tendo matado e mutilado dezenas de mulheres, Ted Bundy tinha um fã clube que protestava contra seu julgamento e, na prisão, acabou se casando com uma fã.
Essa máscara de sociabilidade é criada para torná-los pouco suspeitos. Seu charme faz com que eles se saiam bem em entrevistas de emprego e acredita-se que haja muitos psicopatas espalhados em profissões como políticos, altos executivos e policiais.
Ted Bundy era um político respeitado e muitos acreditavam que ele seria candidato ao governo da Califórnia, antes de serem descobertos seus crimes.
John Wayne Gacy Júnior era membro do conselho católico inter-clubes, membro da defesa civil de Ilinois, capitão comandante da defesa civil de Chicago, membro da Sociedade dos Nomes Santos, Homem do Ano, presidente do Jaycees (sociedade beneficente), tesoureiro do partido democrata. Quando a primeira dama Rosalind Carter visitou a cidade de Chicago, fez questão de tirar fotos com ele. Todas as pessoas que o conheciam estavam certos de que ele seria candidato a algum cargo pelo partido Democrata. Além disso, Gacy Júnior costumava vestir-se de palhaço para alegrar crianças em hospitais. O tipo de homem que qualquer mãe deixaria cuidando de seu filho... até encontrarem seu porão cheio de corpos de garotos.
Esse verniz de civilidade faz com que constantemente as autoridades estejam muito perto de prendê-los, mas não o façam, mesmo depois de interrogá-los. O psicopata parece alguém acima de qualquer suspeita.
O charme e a capacidade de mentir despudoradamente faz com que eles conquistem a confiança de chefes, que demitem aqueles que atrapalham a ascensão profissional do psicopata.
Exemplo disso é Dave, um executivo de uma empresa de tecnologia. Logo na primeira semana de trabalho, o chefe notou que ele gastava mais tempo fazendo picuinhas entre funcionários do que trabalhando. Além disso, ele plagiava descaradamente relatórios de colegas. Quando o chefe recomendou sua demissão, Dave foi reclamar na Diretoria e acabou conseguindo a demissão do chefe. Com sua lábia, ele passou dois anos no emprego antes de descobrirem os que ele estava causando um enorme rombo na empresa.
O psicólogo Paul Babiak, autor do livro Snakes in suits - when psychopaths go to work (cobra de terno - quando os psicopatas vão trabalhar) diz que muitas grandes empresas têm em seu quadro de funcionários psicopatas: "O poder e o controle sobre os outros tornam grandes empresas atraentes para psicopatas".
quarta-feira, março 26, 2008
Música do dia - Oração ao tempo, de Caetano Veloso
|
És um senhor tão bonito
Quanto a cara do meu filho
Tempo tempo tempo tempo
Vou te fazer um pedido
Tempo tempo tempo tempo...
Compositor de destinos
Tambor de todos os rítmos
Tempo tempo tempo tempo
Entro num acordo contigo
Tempo tempo tempo tempo...
Por seres tão inventivo
E pareceres contínuo
Tempo tempo tempo tempo
És um dos deuses mais lindos
Tempo tempo tempo tempo...
Que sejas ainda mais vivo
No som do meu estribilho
Tempo tempo tempo tempo
Ouve bem o que te digo
Tempo tempo tempo tempo...
Peço-te o prazer legítimo
E o movimento preciso
Tempo tempo tempo tempo
Quando o tempo for propício
Tempo tempo tempo tempo...
De modo que o meu espírito
Ganhe um brilho definido
Tempo tempo tempo tempo
E eu espalhe benefícios
Tempo tempo tempo tempo...
O que usaremos prá isso
Fica guardado em sigilo
Tempo tempo tempo tempo
Apenas contigo e comigo
Tempo tempo tempo tempo...
E quando eu tiver saído
Para fora do teu círculo
Tempo tempo tempo tempo
Não serei nem terás sido
Tempo tempo tempo tempo...
Triunfo da Vontade é uma das mais importante peças de propaganda nazista. O filme, feito por Leni Riefenstahl em 1936 mostra uma convenção do partido. Aqui vemos uma espécie de trailer. Nele podemos observar algumas cenas genais. A escuridão que tomava conta Alemanha é substituída pela luz quando surge a suástica. A grandiosidade da nova Alemanha é retratada pela cineasta. Observem como a ordem surge e parece emanar do próprio Hitler. Uma ordem perfeita, com milhares de pessoas participando de um evento como se fossem um só ser. E esse ser venera Hitler como seu deus. Para acentuar esse caráter divino, Hitler é mostrado sempre de baixo para cima, enquanto a multidão é mostrada de cima para baixo.
segunda-feira, março 24, 2008
Barulho demais, SAÚDE DE MENOS
Eu tenho insistido sobre a necessidade das autoridades amapaenses tomem providências contra a poluição sonora. Aqui, alguns transformam seus carros em verdadeiras caixas de som e saem desfilando sua ignorância. Outros compram sons extremamente potentes e perturbam toda uma rua (meu vizinho, que não paga conta de luz, economizou o bastante para comprar um desses). Agora uma matéria da revista Saúde mostra que combater o som alto não é só uma questão de ordem e de cumprir a lei. É também uma questão de saúde pública. O barulho alto provoca estresse, insônia, infecções, gastrite, prisão de ventre, dor de cabeça, dificuldade de concentração, pressão alta, infarto e derrame. Eu, toda vez que o vizinho liga o seu som, tenho dores de cabeça horríveis. Confiram a matéria aqui.
domingo, março 23, 2008
Frase do dia
Mafalda
O grande sucesso da HQ argentina é mesmo a Mafalda. Essa garotinha inteligente e fã dos Beatles surgiu por acaso, em 1962, para uma campanha publicitária de eletrodomésticos. Ela deveria ser a mascote de uma empresa e seu nome deveria começar com as mesmas letras da empresa, M e A.Quino desenhou a personagem e chamou-a de Mafalda, mas a empresa acabou recusando a campanha.
No ano seguinte, o semanário Primera Plana solicitou a Quino uma tira cômica e ele tirou da gaveta a personagem criada para a campanha publicitária. A personalidade atrevida, já existente na versão anterior foi destacada e, em setembro de 1964 Mafalda estreou no semanário onde passou seis meses.
Em 1965 a personagem migrou para o diário El mundo, de Buenos Aires, um dos mais lidos da Argentina, e começou sua escalada de sucesso. Logo vários outros jornais estavam republicando as tiras.
Em 1966, um pequeno editor de Buenos Aires lança um álbum com tiras já publicada em jornal. Apesar de não ter havido um grande divulgação, a publicação se esgota em 12 dias. Logo várias editoras na América latina começam a publicar álbuns com a personagem com grande sucesso. Na Itália, o álbum da personagem ganha prefácio de Umberto Eco, um dos mais importantes intelectuais daquele país, que escreve: ¨O universo de Mafalda não é apenas o de uma América Latina urbana e desenvolvida; é também, de modo geral e em muitos aspectos, um universo latino, o que a torna mais compreensível do que muitos personagens de quadrinhos norte-americanos¨.
De fato, esse é um dos grandes méritos de Mafalda e é o que a distingue de Peanuts, de Charles Schulz. Charlie Brown reflete a realidade e as neuras do norte-americano típico. Mafalda é a contestadora, revoltada com as injustiças do mundo.
Se Peanuts está mais para a psicologia, Mafalda está mais para a sociologia. A sociedade latin-americana está lá representada nos personagens da tira. Manolito, por exemplo, é o filho do dono da mercearia. Ele está plenamente integrado ao capitalismo de bairro. De tudo na vida, só o dinheiro tem valor e mesmo uma ação simples como brincar de iô-iô tem como objetivo divulgar a mercearia do pai. Filipe é um sonhador que fantasia com tudo. Suzanita só pensa em casar.
Quando a ditadura militar se instalou na Argentina, uma nova personagem se agregou à tira: a pequenina Liberdade.
Algumas das melhores tiras da Mafalda tinham como personagem coadjuvante um globo terrestre, quase sempre doente. Quino sempre foi muito bom em metáforas.
O bolo
sexta-feira, março 21, 2008
Frase do dia
Então eles vieram buscar os judeus e eu não falei nada porque eu não era judeu.
Então eles vieram buscar os sindicalistas e eu não falei nada porque eu não era sindicalista.
Então eles vieram buscar os católicos e eu não falei nada porque eu era protestante.
Então eles vieram me buscar – e a esta altura já não havia mais ninguém para falar nada.”
(Pastor Martin Niemoller).
quinta-feira, março 20, 2008
terça-feira, março 18, 2008
Vai passar Conta Comigo na Globo na quinta-feira, 20 de março. Não na sessão da tarde, como é costume, mas de madrugada. A informação é do site 100 grana. Para quem estiver com insônia, é imperdível! Olha o resumo do 100 grana:
¨Conta Comigo (ou “Uma Linda Garota”, opção do Intercine)(Globo, 0h55)Stand by Me, de Rob Reiner. Com Wil Wheaton, River Phoenix e Corey Feldman. EUA, 1986, cor, 99 min. Aventura - Quatro meninos acampam por dois dias em uma floresta a fim de localizar o cadáver de outro menino desaparecido. Eles pretendem encontrar o corpo antes da polícia. No entanto, a aventura se transfoma em uma viagem de descobertas pessoais.
Esse é o destaque da semana. É um destaque meio às escuras porque não temos certeza se vai passar, pois é opção do Intercine. Baseado numa história de Stephen King, com um elenco de primeira e uma história que vai da comédia ao drama num piscar de olhos. Com a então promessa River Phoenix interpretando um rebelde assim como ele mesmo, que morreu de overdose em outubro de 1993, em frente à boate de Johnny Depp. Com participação do Jack Bauer, Kiefer Sutherland; Corey Feldman de Os Garotos Perdidos; Jerry O’ Connell de Joe E As Baratas e Richard Dreyfuss.¨
segunda-feira, março 17, 2008
Autobiografia teológica
Aquela pequena notinha me levou a pesquisar sobre o taoísmo e acabei me deparando com a versão traduzida por Humberto Rodhen, que na época poderia ser encontrada em qualquer banca de revista. Foi ali, naquele dia, folheando aquele livro sobre o I Ching, num sebo imundo e bagunçado de final de linha de ônibus, que comecei meu retorno em direção à fé, via filosofia. Todo bom leitor, depois de algum tempo, vai perdendo a paciência e se acomodando naqueles autores prediletos, mas quando se é jovem, lê-se tudo que lhe aparece diante dos olhos. Como estava nessa fase jovem quando li o Tao Te King, fui dele para o Bhagavad Gita, em uma edição da revista Planeta. Na época havia vários desses livros nas bancas, em encadernação em capa dura vermelha, todos com conteúdo místico e a preços módicos. Deles, só o Bhagavad Gita me interessou. O diálogo entre o príncipe Arjuna e Krishna tinha algo de épico, filosófico, religioso e poético que fazia dele uma ótima leitura.
Na época cheguei a produzir um trabalho na faculdade, analisando os Hare Krishna do ponto de vista antropológico e esse trabalho me deu tanto fama quanto inimigos. Nessa pequena monografia, eu analisava como a ritualização religiosa de todos os passos da vida de um Hare Krishna, como o ato de comer, tinha o objetivo de demarcar o distanciamento entre o ser humano e os animais. Inimigos porque a professora comentou em todas as turmas que um único aluno fora capaz de produzir um trabalho merecedor de nota máxima.
Há um alto grau de pessimismo nas histórias, que é o fruto do desencanto de um futuro digno para nosso país, mas isso não tira o brilho do trabalho. Ao contrário, dá-lhe um caráter crítico que o alça da banalidade comum da maioria das produções em quadrinhos. As histórias são contos, récitas impactantes que nos levam à reflexão, cujo peso mais incomoda que nos dá prazer. Mas há também um alívio para quebrar o paradigma de que os quadrinhos autorais devam ser negativos. A história “Cláudia encontra a felicidade” é um momento poético bem construído que toca a sensibilidade do leitor.
Metrópoles é uma obra simples e por isso mesmo plena de significações. É uma prova de que os quadrinhos podem falar de nossa gente, nossos costumes sem mergulhar nos clichês ou apelar para regionalismos e muito menos copiar fórmulas importadas e desgastadas.¨
domingo, março 16, 2008
história dos quadrinhos
A década de 30 foi marcada na Argentina pela ditadura do presidente Perón. Influenciado pelo nacionalismo nazi-fascista, Perón resolveu acabar com a forte influência estrangeira dos quadrinhos em seu país proibido a importação de material americano. A proibição durou apenas alguns anos, mas foi o bastante para fortalecer a HQ platina, criando uma das escolas mais fortes do mundo.
Antes da proibição já existiam quadrinhos de sucesso, como o índio Patoruzú, criado por Dante Quinterno, em 1929. Patoruzú era um milionário de bom coração que se sentia fez fazendo o bem. O personagem deu origem à primeira distribuidora de tiras nacionais.
Mas foi a partir do governo Perón que a HQ platina teve um salto. Surgiram grandes publicações, como a “Rico Tipo’ “Intervalo’; e “Aventura” que iriam alcançar a incrível marca de 165 milhões de exemplares por ano - metade do que se lia num pais cuja capital tinha mais livrarias do que todo o Brasil.
Na Argentina não só as crianças, mas também os adultos foram conquistados pelos quadrinhos. O mercado se tornou tão forte que até mesmo roteiristas e desenhistas europeus foram trabalhar na Argentina, como aconteceu com Hugo Pratt e René Goscinny, criador do Asterix.
Era a inversão: os quadrinistas argentinos lutavam de igual para igual com os seus concorrentes estrangeiros.
Um dos maiores responsáveis pelo sucesso da HQ Argentina foi o editor e roteirista Héctor Germán Oesterheld. Filho de uma Argentina e um alemão, ele estudou se formou em geologia, mas abandonou a profissão para se dedicar aos roteiros de quadrinhos. Durante sua fase mais criativa ele era mais lido que Jorge Luís Borges, o mais escritor argentino.
Seus roteiros se destacavam pelo conteúdo humano e pela crítica social. O Eternauta, sua obra-prima, conta a história da invasão de Buenos Aires por alienígenas durante um rigoroso inverno. Enquanto os invasores seguem dizimando a população, surge um homem, Juan Salvo, o Eternauta, que decide combatê-los. Acredita-se que os extraterrestres tenham sido inspirados nos militares argentinos, que alguns anos depois instalariam uma ditadura no país.
Oesterheld mesclava a realidade argentina com a ficção-científica, criando obras de grande significado. Seus roteiros e seu trabalho como editor transformaram a HQ Argentina em uma das melhores do mundo.
Entretanto, sua carreira terminou bruscamente na década de 1970, quando se instalou uma ditadura militar na Argentina. Oesterheld foi um dos primeiros a serem perseguidos. Ele e seus filhos acabaram sendo mortos. Da família, só sobrou a esposa do roteirista e seu neto.
Além de todos os crimes cometidos pelos militares, somou-se mais esse: dar sumiço a um dos homens mais talentosos já surgidos nos quadrinhos.
sábado, março 15, 2008
Música do dia
WITH A LITTLE HELP FROM MY FRIENDS
( Com um pouco de ajuda de meus amigos )
JOE COCKER - 1970
WHAT WOULD YOU THINK IF I SANG OUT OF TUNE
O que você pensaria se eu cantasse fora do tom ?
WOULD YOU STAND UP AND WALKOUT ON ME
Você se levantaria e me abandonaria ?
LEND ME YOUR EARS AND I'LL SING YOU A SONG
Empreste-me seus ouvidos e lhe cantarei uma canção
AND I'LL TRY NOT TO SING OUT OF KEY, OH
E tentarei não cantar desafinado
I GET BY WITH A LITTLE HELP FROM MY FRIENDS
Eu consigo com um pouco de ajuda de meus amigos
I GET HIGH WITH A LITTLE HELP FROM MY FRIENDS
Me sairei bem com um pouco de ajuda de meus amigos
GOING TO TRY WITH A LITTLE HELP FROM MY FRIENDS
Vou tentar com um pouco de ajuda de meus amigos
WHAT DO I DO WHEN MY LOVE IS AWAY
O que fazer quando meu amor está longe ?
(DOES IT WORRY YOU TO BE ALONE)
(Você se preocupa em estar só ?)
HOW DO I FEEL BY THE END OF THE DAY
Como me sinto ao final do dia ?
(ARE YOU SAD BECAUSE YOU'RE ON YOUR OWN)
(Você está triste por estar só ?)
NO I GET BY WITH A LITTLE HELP FROM MY FRIENDS
Não, eu consigo com um pouco de ajuda de meus amigos
GET HIGH WITH A LITTLE HELP FROM MY FRIENDS
Me sairei bem com um pouco de ajuda de meus amigos
GONNA TRY WITH A LITTLE HELP FROM MY FRIENDS
Vou tentar com um pouco de ajuda de meus amigos
DO YOU NEED ANYBODY ? I NEED SOMEBODY TO LOVE
Você precisa de alguém ? Eu preciso de alguém para amar
COULD IT BE ANYBODY ? I WANT SOMEBODY TO LOVE
Poderia ser qualquer pessoa ? Eu preciso de alguém para amar
WOULD YOU BELIEVE IN A LOVE AT FIRST SIGHT
Você acreditaria em amor à primeira vista ?
YES I'M CERTAIN THAT IT HAPPENS ALL THE TIME
Sim, estou certo que isso acontece o tempo todo
WHAT DO YOU SEE WHEN YOU TURN OUT THE LIGHT
O que você vê quando apaga a luz ?
I CAN'T TELL YOU BUT I KNOW IT'S MINE
Eu não posso lhe dizer mas eu sei que é meu
OH I GET BY WITH A LITTLE HELP FROM MY FRIENDS
Eu consigo com um pouco de ajuda de meus amigos
GET HIGH WITH A LITTLE HELP FROM MY FRIENDS
Me sairei bem com um pouco de ajuda de meus amigos
I'M GONNA TRY WITH A LITTLE HELP FROM MY FRIENDS
Vou tentar com um pouco de ajuda de meus amigos
DO YOU NEED ANYBODY ? I JUST NEED SOMEBODY TO LOVE
Você precisa de alguém ? Eu só preciso de alguém para amar
COULD IT BE ANYBODY ? I WANT SOMEBODY TO LOVE
Poderia ser qualquer pessoa ? Eu preciso de alguém para amar
OH I GET BY WITH A LITTLE HELP FROM MY FRIENDS
Eu consigo com um pouco de ajuda de meus amigos
GONNA TRY WITH A LITTLE HELP FROM MY FRIENDS
Vou tentar com um pouco de ajuda de meus amigos
OH I GET HIGH WITH A LITTLE HELP FROM MY FRIENDS
Me sairei bem com um pouco de ajuda de meus amigos
YES I GET BY WITH A LITTLE HELP FROM MY FRIENDS
Sim, eu consigo com um pouco de ajuda de meus amigos
WITH A LITTLE HELP FROM MY FRIENDS
Com alguma ajuda de meus amigos
sexta-feira, março 14, 2008
Uma menina desafia a ditadura
quinta-feira, março 13, 2008
Morreu Dave Stevens, criador de Rocketeer
¨Tenho um amigo que passou por algo parecido. Um pessoal meio barra pesada montou uma banca de camelô (entre outras coisas E principalmente vende CDs e DVDs piratas) na frente da casa dele e fez o velho gato no poste publico.Não contentes com isso, Urinam na porta da casa dele, deixam o som em volume alto (ele diz que até já se acostumou com o funk, o negocio é que ele repete as mesmas 6 musicas o dia inteiro), jogam restos de comida na rua.São terríveis.Ele tentou ligar pra secretaria local de urbanismo e a Mulher disse pra ele:-qual é o CPF e RGE dele?-você quer dizer o meu CPF e RG ? Desculpe mas não vou dar.-Não, senhor. Eu perguntei O DELE, o do camelô.-sei lá, como vou saber?-Ah mas precisa dos dados dele pra denuncia-lo, Senhor ;- ô minha filha, você quer que eu vá lá fora e pergunte pro cara qual é o CPF dele? Aí ele me pergunta PRA QUE e eu digo, é pra te DENUNCIAR? Vê se tem cabimento uma coisa dessas.-Vc precisa do RG também, senhor.O pior é que não é PIADA, aconteceu assim mesmo. Depois disso uma agencia ficou jogando a responsabilidade pra outra e ninguem resolveu nada. Meu Nome não é Jonnhy¨.
É verdade, caro leitor. Isso é o Brasil. Eu não me admiraria nem um pouco que as autoridades não fazem nada por que também estão enroladas com a contravenção... talvez até a banca pertença, na verdade, a alguma figura, ou talvez o dono da banca pague proteção para alguém importante. Um amigo me disse que em Belém os donos de bancas de DVDs e CDs piratas pagam proteção para os policiais com o próprio produto... Da mesma forma, não duvido nada que funcionários da CEA se beneficiem da situação que apresentei em meu post.
Vale lembrar que meus vizinhos também não pagam IPTU (ou talvez paguem para as pessoas certas...)
quarta-feira, março 12, 2008
A solução é a privatização
Parece que em Macapá tem mais gente que nunca pagou e nunca vai pagar energia do que gente que paga. Aliás, os que pagam, pagam uma tarifa alta justamente para compensar aqueles que não pagam.
Terra sem lei
Aqui em casa, pagamos uma grana alta de energia, mesmo com toda a economia. Evitamos ligar o ar-condicionado, trocamos todas as lâmpadas por fluorescentes e fazemos tudo aquilo que se aconselha para economizar... enquanto isso, os vizinhos esbanjam energia.
Finalmente, cansei disso e liguei para a CEA. Dei o endereço e o que a moça me disse foi que a casa não é cadastrada. Como a casa não é cadastrada, não pode ser gerada a denúncia e fica tudo como está. Ou seja, eu, que estou todo certo com a companhia de energia, se deixar de pagar um mês, tenho minha energia cortada. Os vizinhos nunca pagaram energia e a energia da casa nunca é cortada.
Em Macapá não compensa ser certinho. É a lei de Gerson: o certo é levar vantagem em tudo.
Um dos principais representantes da corrente filosófica estoicismo, na Grécia antiga, foi o escravo Epíteto.Como escravo, Epíteto deparava-se com um problema que dizia respeito diretamente à sua felicidade. Ao pensarmos na relação senhor-escravo, todos imaginam imediatamente que o senhor será feliz e o escravo infeliz. Afinal, o senhor tem tudo o necessário à felicidade: as melhores comidas, as melhores roupas, os mais variados divertimentos... e não precisa trabalhar. Já o escravo não tem nada, nem mesmo o seu próprio corpo, que pertence ao senhor.Como o escravo poderia ser mais feliz que o seu dono? Isso seria possível?O filósofo resolveu a questão através de uma inversão de valores. Para ele, o que nos deixa felizes não são as coisas que temos, mas o significado que damos a elas. Por exemplo, se um belíssimo carro nos lembra uma pessoa querida, que morreu, esse carro será fonte não de alegrias, mas de tristezas.
terça-feira, março 11, 2008
segunda-feira, março 10, 2008
Quadrinhofilia
"Mais do que histórias em quadrinhos, a obra revela um artista com pleno domínio do que faz, o que permite diálogos mais ousados com a experimentação e o surreal. A sensação que se tem ao fim da leitura é que Aguiar escondia um lado artístico esteticamente criativo, desconhecido de boa parte do público de quadrinhos. É esse lado que vem à tona nesta obra".- Paulo Ramos, jornalista, doutor em Letras pela Universidade de São Paulo e responsável pelo Blog dos Quadrinhos, em seu prefácio.
;- O último milênio meu: Deus fazendo um balanço dos últimos mil anos;
A Guerra de Canudos, pela Escala Educacional.Ilustrou capas em Portugal (Sketchbook e C.A.O.S.) onde foi o segundo colocado no concurso Jovens Talentos BD, realizado em 2006. Na Espanha participou da coletânea e mostra de novos talentos brasileiros Consecuências. Na França, participou da coletânea Flying Doctors - Un Jour de Mai e ilustrou dois álbuns da série de aventura Ernie Adams, todos publicados pela Éditions Paquet.Em 2005 venceu o I Concurso Internacional de Quadrinhos do SENAC-SP, prêmio que lhe rendeu a publicação de Folheteen pela editora Devir em 2007.Atualmente o artista trabalha no livro que reunirá os trabalhos da exposição Reisetagebuch - Uma Viagem Ilustrada pela Alemanha, com ilustrações sobre o período em que residiu na Europa, além de trabalhar nos álbuns Pensão João e no novo Folheteen.Sua exposição Quadrinhofilia, realizada no Solar do Barão, em Curitiba, foi indicada ao Troféu HQMix na categoria de melhor exposição de 2006.
domingo, março 09, 2008
sábado, março 08, 2008
Amapá francês
sexta-feira, março 07, 2008
Carrie, a estranha
Carrie é uma leitura divertida que, no entanto, não subestima a inteligência do leitor. A narrativa não é linear. A história principal é entremeada por fatos do passado e recortes de revistas de livros, técnica muito usada por grandes escritores pós-modernos. King conta que, na época em que começou a escrever a história, era professor de uma escola de ensino médio. A renda não era suficiente para sustentar a família com dois filhos. Assim, para se manter, ele vendia contos de terror para revistas mensais. Quando uma das crianças aparecia com uma otite, Tabitha, a mulher do escritor, dizia: "Rápido, Steve, pense num monstro!".
No final do ano de 1972, King teve a idéia para um conto sobre uma menina com poderes telecinéticos. A trama era baseada em uma matéria da revista Life sobre uma casa assombrada por poltergeist. Entretanto, os pesquisadores logo descobriram que o caso não tinha nada a ver com fantasmas. O centro do fenômeno era uma menina. Quando ela estava em casa, objetos saíam voando. Quando ela saía, as coisas voltavam a ficar comportadas. A idéia do artigo era de que meninas na puberdade tinham despertado um poder telecinético capaz de mover objetos. Claro, isso chamou a atenção de um escritor que ganhava dinheiro extra vendendo histórias para revistas de terror.
King, na época, morava em trailer com família, e o único lugar disponível para escrever era próximo da máquina de lavar roupa. Ele se sentou lá, colocou a máquina sobre o colo e começou a escrever em espaço um, sem margens, para economizar papel. Quando percebeu que a história estava se tornando maior que um conto, ele a jogou fora. Afinal, ele precisava de dinheiro imediato, e uma novela era muito trabalho. Além disso, um texto desses encontraria maior dificuldade de ser publicado. Carrie não existiria se não fosse Tabitha. Ela foi até a lixeira, limpou o papel e começou a ler. Gostou e incentivou o marido a continuar escrevendo. Ele o fez apenas para agradá-la.
De fato, foi muito difícil encontrar um editor para a história, e o único que aceitou só o fez pensando no sucesso do filme O Exorcista. Para surpresa geral, Carrie, a Estranha se tornou um best seller. Virou até filme, pelas mãos de Brian de Palma, o que projetou King para o Olimpo dos escritores americanos: Hollywood.
King colocou os seus próprios fantasmas na história: duas meninas, colegas de escolas, ambas já falecidas na época. Uma delas, Tina White, era gorducha e quieta. O fato de usar sempre a mesma roupa fazia dela a vítima potencial de todas as brincadeiras sádicas dos colegas. Era ela que sempre sobrava na dança das cadeiras, era ela que sempre carregava um cartaz dizendo "me chute" colado ao traseiro. A outra, Sandra Irving, era filha de uma fanática religiosa e tinha ataques epilépticos. Usava roupas pudicas e antiquadas. Tudo isso fazia dela um alvo muito bom para a chacota das crianças. Carrie White é uma mistura das duas. Filha de uma fanática religiosa, que a sufoca e a impede de ter uma vida normal, ela é humilhada na escola por ser diferente e por usar roupas estranhas.
A cena inicial do filme é particularmente significativa. Carrie está no banheiro, tomando banho com as outras meninas após as aulas de ginástica. Ela tem dezessete anos e tem sua primeira menstruação. Carrie pensa que está morrendo de hemorragia. As colegas começam a gritar com ela e a jogar absorventes. O episódio demonstra a total ignorância da menina quanto às coisas da vida. Demonstra também a rejeição das outras garotas. Mas demonstra acima de tudo o que Carrie tem de diferente das colegas de King. No ápice da humilhação, um lâmpada estoura, revelando que a menina tem o poder mental chamado telecinésia. Carrie usará isso para se vingar de todos que a maltrataram e humilharam. O leitor sabe disso desde o primeiro momento. A graça não está em adivinhar o final (que, em certo sentido, é óbvio), mas em perceber a textura dos eventos que vão se acumulando até provocar a catástrofe final. Para isso, King se utiliza de fragmentos de livros, de revistas, jornais, de entrevistas que pessoas que conheceram Carrie White. As informações são jogadas ao longo da história, de maneira não-linear. É como montar um quebra-cabeça, mas sabendo que o resultado final será assustador.
Carrie ganhou uma versão nova pela editora Objetiva, que está republicando toda a obra do mestre do terror.
quinta-feira, março 06, 2008
Cidade série é outra coisa...
Carros de som que anunciam os mais diversos produtos, ônibus velhos que emitem ruídos ensurdecedores, bares e boates que tornam remota qualquer possibilidade de um sono tranqüilo. O excesso de barulho está em primeiro lugar entre as reclamações recebidas pelo Instituto Brasília Ambiental (Ibram) no ano passado.
Mas uma lei publicada no Diário Oficial do Distrito Federal em fevereiro promete combater a poluição sonora que tira o sossego dos brasilienses. As novas normas ambientais proíbem, por exemplo, carros de som em áreas residenciais ou escolares e exigem isolamento acústico para casas noturnas.
Fonte: Correio Brasiliense