quarta-feira, maio 14, 2008



A Alcinea Cavalcante, em seu blog, informa que o supermercado Yamada em Macapá foi fechado na sexta-feira pelo Procon por vender queijos e iogurtes fora do prazo de validade. Na verdade, se fossem olhar um pouquinho mais à frente, os fiscais do Procom iam descobrir que a maioria das frutas e verduras vendidas ali também estão estragados ou, como se diz aqui, ¨passados¨, que é quando já está próximo de estragar. A razão disso é que tudo que vem de fora pára em Belém e só depois segue viagem. Quando chega aqui, já está passado... além disso, a Yamada simplesmente se nega a comprar produtos (frutas e verduras) de produtores locais.
Eu tenho vivido um verdadeiro calvário com a Yamada. Na época em que existia a Yamada Lagoa, comprei três vasilhames de água. O supermercado era caminho para mim, a água era barata, tudo parecia muito fácil. Então a Yamada Lagoa fechou (por alguma razão, não estou surpreso) e me sobrou como opção comprar a água na Yamada centro, que fica longe de casa, e fora de mão. Mesmo assim, lá vou eu, com os garrafões, apenas para ouvir: ¨Não tem água¨. Um dia cansei, chamei o gerente e ameacei ir no Procon. Ele me deu o número do telefone e assegurou que isso não aconteceria mais, que era só ligar e ele reservaria para mim. Isso não resolveu muita coisa, pois eu chego lá e tenho que ficar meia-hora esperando para pelo gerente e quando ele chega, muitas vezes, diz que não tem água. Já passei uma hora inteira para comprar um único garrafão de água. Da última vez, o gerente me disse que tinha, eu paguei e depois descobriram que não tinha a água. Ou seja: além de vender produtos estragados, a Yamada ainda faz o cliente perder tempo e ainda não oferece o produto prometido...

1 comentário:

Anónimo disse...

O Grupo Yamada quebrou muitos pequenos produtores aqui no Pará. Mais especificamente em Belém e redondezas. A estratégia era a seguinte: Fechava pequenos contratos de fornecimento e deixava todos os pequenos produtores animadíssimos com os rendimentos. Depois os pedidos começavam a aumentar gradativamente e os produtores aceitavam o desafio. Mas chegava um momento em que não suportavam mais o volume de pedidos e quebravam o contrato, ficando à beira da falência. Aí o Grupo Yamada fazia uma oferta de compra da estrutura produtiva muito abaixo do valor real, e o pequeno produtor não tinha outra saída. Assim a Yamada passava a ter produção própria, que era uma forte tendência dos supermercados na época.