Jeferson Nunes
Durante a Segunda Guerra Mundial, quase todas as histórias em quadrinhos tornaram-se objeto de propaganda de guerra , com capas de super-heróis dando surra em nazistas e combatendo sabotadores e espiões em suas paginas. Mas para a surpresa de muitos, as HQs fizeram bem mais que simples propaganda aliada.
Essa e a capa de uma edição especial de Superman, baseada no exemplar nº 33 da série regular, que foi produzida especialmente para o Exército dos Estados Unidos.
Na época era grande a quantidade de completos iletrados que eram recrutados as pressas para o front, como precisavam operar maquinas complexas, era necessário que aprendessem a ler rapidamente, sem contar a necessidade de entretenimento barato e fácil de carregar pelos teatros de guerra da Europa, Africa e Asia.
Num esforço “Patriotico” a National Periodical Publications ( Hoje DC Comics), começou a produzir para o Departamento de Guerra edições mais simples, com o intuito de ajudar na alfabetização dos soldados. Milhares de copias foram distribuídas, levando os ícones da National ( Superman, Batman etc..) para crianças em varias partes do mundo, pois eram distribuídos pelos soldados como uma forma de demonstração de amizade e cooperação. 23 edições foram produzidas especialmente para os soldados, e essas hoje raras variantes estão entre os primeiros exemplos do uso de quadrinhos de forma didatica. Estudos recém publicados sobre a melhora da leitura através das estórias em quadrinhos apenas confirmam o que o governo americano já sabe há 70 anos.
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