Nele, um homem é acusado do assassinato de uma velhinha que teria deixado uma fortuna para ele em seu testamento. O melhor advogado criminalista da cidade, um velho ranzinza que praticamente rouba o filme, é contratado para defendê-lo. Mas o caso tem uma virada quando a esposa do acusado resolve ser testemunha não da defesa, mas da acusação, apresentando o testemunho de que ele chegou em casa com as mãos sujas de sangue e confessando o assassinato.
O filme tem ótimas atuações, em especial de Charles Laughton como o advogado e de Marlene Dietrich, como a esposa, mas se sustenta mesmo em um ótimo roteiro, com viradas em cima de viradas.
Como sempre faço com os filmes que assisto, costumo falar sobre a estrutura do roteiro, mas nesse caso é necessário um aviso. Se o leitor um dia quiser assistir ao filme, não siga em frente. O final surpresa era tão importante que, no final da película passava um aviso pedindo que as pessoas não o contassem para seus amigos.
Pois bem, se chegou até aqui, vamos lá.
Quase no final do filme, quando o caso parece perdido, aparece uma mulher tentando vender cartas da esposa a um suposto amante explicando o plano de depor contra o esposo para poder viver a paixão entre os dois. Quando vi a cena, achei ali um típico Deus Ex Machina, um expediente dos maus roteiristas de colocar na trama uma solução artificial que não é resultado lógico do que veio antes. Inocentar o acusado com uma nova prova surgida do nada é um bom exemplo disso. Mas, no final, descobre-se que as cartas fazem parte de uma trama maior e começa uma reviravolta antológica.
Billy Wilder é o cineasta que nunca fez filmes ruins, e Testemunha de acusação é um dos seus melhores.
2 comentários:
adoro filmes com bons roteiros e revira voltas. vou atras dele. valeu pela dica ivan
Valeu pela dica! Vou tentar assistí-lo. Abração
Ah, não li o final, mas talvez volte aqui, hahahhaha.
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