Acabei de ler Herói Z, revista editada por JJ Marreiro e Fernando Lima com enfoque vintage. A capa dessa edição é a já conhecida heroina Mulher-estupenda, de Marreiro, mas a edição também conta com Fantasma Escarlate, de Fernando Lima, Paladino Veloz, de JJ Marreiro e Dragão do Mar, de Fernando Lima. O objetivo da publicação é resgatar os bons tempos em que as histórias de super-heróis eram mais simples, ingênuas e auto-contidas. E consegue bem isso.
Embora Fernando Lima faça um bom trabalho, especialmente em Dragão do Mar, o melhor do gibi são mesmo as duas histórias de Marreiro: A mulher-estupenda vive um conto que remete aos filmes de Ray Harryhausen, como Simbad. Ou seja: é uma bela história sessão da tarde. Enquanto isso, o Paladino Veloz enfrenta uma vilã que transforma os habitantes de um planeta em escravos.
Ambas as histórias lidam com temas batidos, mas mostram que podem agradar, especialmente aos saudosistas.
Hoje os heróis já não são tão íntegros e quase sempre estão envolvidos em super-sagas, que nunca acabam e afastam novos leitores. Marreiro, assim como Alan Moore em Supreme e Grant Morrison em All Star Superman, mostram que talvez a solução seja retomar alguma coisa do passado, que foi perdida.
Se há algo digno de crítica em Herói Z é o tamanho. Com apenas 20 páginas de miolo, as histórias parecem espremidas (há uma página da Mulher-estupenda com 15 quadros!), o que prejudica o resultado geral. Tomara que nas próximas edições os autores consigam mais páginas para desenvolver os roteiros.
A edição também veio com um brinde especial: um belo marca páginas do Beto Foguete, outro personagem do JJ Marreiro. Como coleciono marca-páginas, adorei o presente.
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