quarta-feira, setembro 28, 2011

Roteiro meu em Didi & Lili - geração mangá

O gibi Didi e Lili - geração mangá número 8, que está nas bancas, traz uma história minha intitulada "Confusão em dobro". Na história, desenhada pelo Arthur Garcia, Lili se apaixona por gêmeos e não sabe qual deles convidar para o baile. Procurei fazer uma típica comédia de erros com um tema teen. A revista é uma versão para adolescentes (preferencialmente meninas) no estilo dos quadrinhos japoneses e pode ser encontrada facilmente nas bancas (inclusive em Macapá) ao preço de R$ 4,90.

Mister No

Uma das criações mais interessantes de Sérgio Bonelli está Mister No. Baseada em uma viagem que o roteirista fez à Amazônia brasileira, a série tem como protagonista um aviador aventureiro com jeito de anti-herói. Soldado veterano da II Guerra Mundial, ele decide viver em Manaus, ganhando a vida como piloto de avião. Beberrão e mulherengo, ele não se encaixa no perfil do herói certinho que estamos acostumados a ver nos quadrinhos. Mas suas histórias se encaixam no melhor dos clássicos de quadrinhos de aventura. Para conhecer melhor o personagem, clique aqui e clique aqui para ler a análise que Gazy Andraus fez de uma história do personagem que se passa durante a construção da Transa Amazônica.

terça-feira, setembro 27, 2011

Primeira reimpressão de Spectra

O livro Espectra, no qual eu participo com o texto Lembranças de Sangue, e organizado pela escritora Georgette Silen, já é um dos mais vendidos da editora Literata. Tanto que já está sendo preparada a primeira reimpressão da obra.

A morte de Sérgio Bonelli, no Universo HQ

O Universo HQ publicou uma ótima matéria sobre o roteirista Sérgio Bonelli, morto recentemente. Bonelli foi o editor de alguns personagens muito queridos no Brasil, como Tex, Ken Parker e Dylan Dog e criou outros igualmente importantes, como Zagor e Mister No (baseado em uma viagem que o roteirista fez à Amazônia Brasileira). O UHQ também traz um depoimento de Sidney Gusman sobre o tempo que conviveu com Bonelli.

Homenagem de Maurício de Sousa a Sérgio Bonelli

segunda-feira, setembro 26, 2011

Os dragões mais famosos da cultura pop


O blog da série Crônicas de fogo e gelo publicou uma relação dos dragões mais famosos da cultura pop. Para ler, clique aqui.

sábado, setembro 24, 2011

Perry Rhodan - 50 anos de aventuras espaciais

A maior série de ficção científica do mundo está completando 50 anos este mês. Trata-se de Perry Rhodan, uma space opera alemã que vem sendo publicada ininterruptamente desde 1961. No mundo todo já foram publicados mais de um bilhão de livros nas mais diversas línguas e há fã-clube espalhados por vários países, inclusive em alguns em que o personagem não é mais publicado. É um fenômeno poucas vezes observado na história da literatura de gênero. 

Perry Rhodan surgiu como uma reação à dominação norte-americana no campo da FC. No final da década de 1950, esse mercado era totalmente dominado por material vindo dos EUA e os alemães só conseguiam publicar sob pseudônimo. Foi quando dois autores, Karl-Herbert Scheer e Walter Ernsting (também conhecido pelo pseudônimo de Clark Darlton) apresentaram o projeto de um herói audaz à editora alemã Moewig, que topou publicar depois de algumas alterações. Para fazer a capa foi chamado Johnny Bruck, um dos mais famosos ilustradores alemães de ficção-científica. À equipe criativa juntaram-se mais dois escritores, Klaus Mahn (Kurt Mahr) e Winfried Scholz (que assinava W.W. Shols). Scher escreveu a sinopse dos 10 primeiros volumes e começaram a produzir. 

Para dar ideia de que a série era importada, o personagem principal era o astronauta americano Perry Rhodan. Em viagem à Lua, encontra uma nave de uma civilização super-desenvolvida, mas decadente, os arcônidas, e seus dois ocupantes. Voltando à Terra, ele usa a tecnologia alienígena para impedir uma guerra nuclear e funda a Terceira Potência, unindo a humanidade em torno de um ideal: a conquista do espaço.

Os autores acharam que a série ia fazer, no máximo, um sucesso relativo, e planejaram apenas 30 números. Mas Perry Rhodan vendeu tanto que os primeiros números foram rapidamente republicados e a série foi exportada outros países, inclusive no Brasil. Logo a quantidade de livros publicados era tão grande que ficou difícil explicar como uma pessoa normal vivia tantas aventuras. A solução foi tornar o protagonista praticamente imortal graças a um ativador celular (atualmente Perry Rhodan tem mais de 3 mil anos) e encher a trama de personagens secundários, muitos dos quais vivem aventuras solo. 

Para conseguir contar uma trama tão complexa e cheia de detalhes e personagens secundários, que abarca centenas de anos na história da humanidade, os autores desde o primeiro número fazem um planejamento detalhado. Um dos autores é nomeado líder e escreve um resumo de cada volume semanal por todo um ciclo (que pode durar 50 ou 100 livros). Esse resumo deverá ser seguido à risca pelo autor do volume. Assim, se uma nave parte com uma determinada tripulação em um volume, ela deverá ter a mesma tripulação no volume seguinte. Os livros também são revisados para encontrar incoerências. 

Muitos dos principais conceitos da FC e dos quadrinhos foram antecipados pela série. Os mutantes, por exemplo, já exibiam seus poderes em Perry Rhodan anos antes do surgimento dos X-men. Outra antecipação são os pós-bis, uma raça de robôs que pretendem destruir toda forma de vida orgânica, conceito muito semelhante aos borgs, vilões que surgiriam na série Jornada nas estrelas - nova geração, décadas depois. 

Apesar da enorme quantidade de livros publicados e de alguns escorregões, na média, os autores nunca deixaram cair a qualidade da série e houve momentos em que os livros chegavam a uma qualidade insuspeita para esse tipo de publicação. 


Exemplo disso é o número 50, O Pseudo, escrito por Clark Darlton. O livro é uma adaptação da peça O Inspetor Geral, do dramaturgo russo Nicolai Gógol. Gógol escreveu sua peça como uma crítica ao autoritarismo e à corrupção do Estado Czarista. Darlton atualizou a discussão, transpondo-a para um cenário futurista. 

Pelo menos um dos escritores é considerado um mestre da FC do porte de Isaac Assimov e Ray Bradbury: Willian Voltz. Dono de um estilo poético que lembra Bradbury, Voltz colocou humanismo e filosofia na série. O estilo Voltz ficou muito bem claro desde os primeiros livros desse autor na série. No volume 99, a história era pueril e maniqueísta: um dos arcônidas encontrados por Perry Rhodan na lua, Crest, vai para um planeta longínquo para passar os seus últimos dias, mas recebe a visita inconveniente de seres extraterrestres que querem se apoderar de sua nave, o ápice da tecnologia terrestre até então. Voltz transformou essa sinopse numa parábola sobre a amizade e a lealdade, recheada de poesia. 

Na fase em que liderou os escritores, a humanidade passou a questionar seu papel no universo, percebendo que a evolução espiritual era tão importante quanto a material. As histórias passaram a ser mais filosóficas e contemplativas, fugindo do militarismo da fase anterior. 

Os personagens, mesmo os vilões, começaram a questionar sua própria existência, fugindo do maniqueísmo. Nessa nova fase, mesmo os mais ferozes inimigos tinham motivos que justificavam sua suposta maldade. 

No Brasil a série foi publicada pela editora Tecnoprint S.A. a partir de 1975 e durou até o número 536. No início as histórias eram publicadas em formato livro de bolso pequeno, com borda branca. Posteriormente, o formato aumentou, com livros compridos e estreitos e a borda ficou preta. No início da década de oitenta, amparada por propagandas de TV, a série ganhou popularidade e as edições passaram a ser semanais. 

No início da década de 1990, a era Collor provocou uma crise sem precedentes no mercado editorial e o personagem não resistiu, deixando de ser publicado no número 536. 

Apesar de não ser mais publicada, a série continuou aglutinando fãs que se reuniam em torno de fanzines e tentavam articular a volta do personagem. Como o surgimento da internet, essa articulação foi para as redes sociais. Surgiu o Perry Rhodan Fã Clube do Brasil (PRFCB) e o fã-clube começou a negociar com grande editoras, ao mesmo tempo que organizava uma lista de possíveis assinantes. Embora essa lista aumentasse cada vez mais, nenhuma editora parecia se interessar. 

A solução surgiu de um fã, Rodrigo de Lelis, dono de uma pequena empresa de informática, a SSPG, voltada para a documentação eletrônica e editoração de publicações, que passou a publicar a série em volumes que incluíam duas histórias e vendidas através de assinaturas. 

Infelizmente a nova editora parou a publicação, mas continua vendendo os exemplares avulsos através do site do personagem.

Com as comemorações dos 50 anos da série e a notícia de que a série passará por um reboot na Alemanha, com os primeiros números sendo rescritos, os fãs brasileiros estão empolgados com a possibilidade da volta da publicação. Seria uma pena que essa série fosse esquecida justamente quando completa meio século de existência.

sexta-feira, setembro 23, 2011

Promoção A filha de Íris

O blog Laboratório Espacial, do amigo JJ Marreiro, está sorteando um exemplar do livro A filha de Íris, de Alex Lei. Para concorrer, basta deixar um comentário no blog.

quinta-feira, setembro 22, 2011

Poesia do dia

"Um dia vieram e levaram meu vizinho que era judeu. Como não sou judeu, não me incomodei.

No dia seguinte, vieram e levaram meu outro vizinho que era comunista. Como não sou comunista, não me incomodei .

No terceiro dia vieram e levaram meu vizinho católico. Como não sou católico, não me incomodei.

No quarto dia, vieram e me levaram; já não havia mais ninguém para reclamar..."

Martin Niemöller, 1933 (surrupiado do blog do Renivaldo Costa)

Religião define caráter?

Recentemente coloquei um link de uma campanha ateista veiculada em Porto Alegre. Por falta de tempo, não pude fazer um post, mas gostaria de comentar.
Pelo que entendi, o objetivo da campanha não é converter as pessoas ao ateismo, mas provocar uma reflexão principalmente quanto ao preconceito contra ateus.
Uma pesquisa recente, feita pela Fundação Perseu Abramo, mostrou que os ateus são as pessoas mais odiadas do Brasil, empatando apenas com os usuários de drogas.
Esse ódio parece foi alimentado recentemente, quando o apresentador Datena, do Brasil Urgente, declarou em seu programa que só quem não acredita em Deus é capaz de cometer crimes. Para ele, ateus são pessoas do mal, bandidos, estupradores, assassinos e corruptos.
Para tentar desfazer esse mal entendido que o principal outdoor da campanha mostra Hitler e Chaplin e afirma que religião não define caráter.
E, pelo jeito, religião não define caráter mesmo. Todos devem se lembrar do escândalo de corrupção no Distrito Federal em que os corruptos se reuniam para rezar e agradecer a Deus o fruto do saque aos cofres públicos.
Muitos bandidos famosos acreditavam em Deus. Lampião, por exemplo. sempre rezava, pedindo proteção.
Dia desses ouvi uma pessoa instruída dizer que a causa das guerras é o materialismo e a falta de religião. Nada mais equivocado. A grande maioria das guerras atuais tem fundamentação religiosa. Vejam, por exemplo, os terroristas islâmicos, que acreditam que Alá lhes dará um lugar no paraíso por terem morrido numa guerra santa. Os ataques de 11 de setembro, motivados por razões religiosas, provocou as guerras do Iraque e do Afeganistão.
Da parte dos cristãos, é sempre bom lembrar das Cruzadas, uma guerra santa, abençoada pelo Papa.
De fato, religião não define caráter, até porque existe o fenômeno da dissonância cognitiva, em que a pessoa cria uma desculpa para agir de maneira diferente dos seus princípios. Assim, embora Jesus tenha pregado a paz, as cruzadas eram importantes para proteger os cristãos que iam para Jerusalém. Assim, embora a religião cristã tenha como um dos mandamentos não roubar, tudo bem no caso da corrupção porque o corrupto pensa que aquele dinheiro está sendo dado por Deus, e não desviado das pessoas que precisam.

Um bom exemplo de dissonância cognitiva é mostrado no filme Alexandria, sobre Hipátia (a filósofa morta por cristãos). Depois dos cristãos massacrarem judeus, um garoto cristão reflete: "Mas Jesus não disse que devemos amar uns aos outros e perdoar as ofensas? Será que não estamos errados em matar as pessoas?". Ao que outro retruca: "Quem é você para se comparar com Jesus? Jesus perdoava porque era Deus. Você é só um pecador" (Não lembro se o diálogo é exatamente esse, estou escrevendo de cabeça,  mas a essência é essa).

Guerra dos tronos - Marvel Comics


O escritor George R.R. Martin, autor do best seller A Guerra dos Tronos deu uma entrevista recente no qual conta como a Marvel Comics influenciou seu trabalho ao mostrar histórias em que os personagens evoluiam.
Quem é leitor de quadrinhos vai encontrar na série outras características da nona arte, entre elas o vilão interessantíssimo e as viradas, surpresas, etc. Parte da entrevista foi publicada no Omelete.

segunda-feira, setembro 19, 2011

Cariocas, paulistas e mineiros

Durante escavações no estado do Rio de Janeiro, arqueólogos
   fluminenses descobriram, a 100 m de profundidade, vestígios de fios
   de cobre que datavam do ano 1000 d.C. Os cientistas cariocas
   concluíram que seus antepassados já dispunham de uma rede telefônica
   naquela época.

   Os paulistas, para não ficarem para trás, escavaram também seu
   subsolo, encontrando restos de fibras óticas a 200 m de profundidade.
   Após minuciosas análises, concluíram que elas tinham 2000 anos de idade.
   Os cientistas paulistas concluíram, triunfantes, que seus
   antepassados já dispunham de uma rede digital a base de fibra ótica
   quando Jesus nasceu!

   Uma semana depois, em Belo Horizonte, foi publicado por cientistas
   mineiros o seguinte estudo:

   "Após escavações arqueológicas no subsolo de Contági, patinga,
   timoti, PassaQuato, Pós di Carda, Jijifóra, Sansdumôn, Pôso Alegre,
   Patruciniu, Santantoin du Monte, Moncarmelo, Lagoa Dorada,
   Sanjãodelrei, Beraba, Berlândia, Biá, Belzonte, Bosta do Araguari,
   Divinópis, Pará de Mins, Furmiga, Vernador Valadars, Tiófi Otoni,
   Piui, Biraci e diversas outras cidades mineiras, até uma
   profundidade de 500 metros, não foi encontrado absolutamente nada..
   Concluindo então que os antigos mineiros já dispunham há 5000 anos
   de uma rede de comunicações sem-fio: "wireless".

   Nota dos arqueólogos: Por isso se pronuncia "UAI" reless.

Randolfe é um dos 100 mais influentes do Congresso

O senador Randolfe Rodrigues está entre os 100 parlamentares mais influentes do Congresso Nacional, segundo o DIAP – Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar. São os “Cabeças 2011″. Randolfe figura na categoria debatedor.No primeiro semestre o senador foi eleito um dos dez melhores senadores do Brasil pelo Prêmio Congresso em Foco. Em agosto Randolfe recebeu o Mérito Industrial, comenda distribuida pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro, por sua defesa da ética na política.

Apostila Cultural Studies

Clique aqui para baixar a apostila sobre Cultural Studies.

Perry Rhodan - 50 anos de aventuras espaciais

A maior série de ficção científica do mundo está completando 50 anos este mês. Trata-se de Perry Rhodan, uma space opera alemã que vem sendo publicada ininterruptamente desde 1961. No mundo todo já foram publicados mais de um bilhão de livros nas mais diversas línguas e há fã-clube espalhados por vários países, inclusive em alguns em que o personagem não é mais publicado. É um fenômeno poucas vezes observado na história da literatura de gênero. 

Perry Rhodan surgiu como uma reação à dominação norte-americana no campo da FC. No final da década de 1950, esse mercado era totalmente dominado por material vindo dos EUA e os alemães só conseguiam publicar sob pseudônimo. Foi quando dois autores, Karl-Herbert Scheer e Walter Ernsting (também conhecido pelo pseudônimo de Clark Darlton) apresentaram o projeto de um herói audaz à editora alemã Moewig, que topou publicar depois de algumas alterações. Para fazer a capa foi chamado Johnny Bruck, um dos mais famosos ilustradores alemães de ficção-científica. À equipe criativa juntaram-se mais dois escritores, Klaus Mahn (Kurt Mahr) e Winfried Scholz (que assinava W.W. Shols). Scher escreveu a sinopse dos 10 primeiros volumes e começaram a produzir. 

Para dar ideia de que a série era importada, o personagem principal era o astronauta americano Perry Rhodan. Em viagem à Lua, encontra uma nave de uma civilização super-desenvolvida, mas decadente, os arcônidas, e seus dois ocupantes. Voltando à Terra, ele usa a tecnologia alienígena para impedir uma guerra nuclear e funda a Terceira Potência, unindo a humanidade em torno de um ideal: a conquista do espaço. Leia mais

quinta-feira, setembro 15, 2011

Cópia?

Dia desses eu elogiei, no Twitter, a abetura da novela Fina Estampa. Gostei tanto do visual, com a mudança da cor do vestido da modelo, quanto da música. O @Henriquejbrj me alertou que essa abertura é muito parecida com a da novela Brilhante, que contava com a belíssima música Luísa, de Tom Jobim. Comparem as duas versões.



terça-feira, setembro 13, 2011

Antologia Brinquedos... eles matam!


A editora Estronho está com inscrições abertas para a antologia Brinquedos... eles matam! Leia abaixo o release e clique aqui para ler o regulamento. O prazo final para envio é 1 de janeiro de 2012.

A Série "... elas matam!/... eles matam!" foi lançada em 2010 com a seleção para a antologia "Insanas... elas matam!", que foi escrita apenas por mulheres. Na ocasião o foco eram as autoras e "...elas matam!" se referia às escritoras e não propriamente aos personagens.
O segundo volume da série é inspirado no clássico trash "Brinquedo Assassino", portanto, a citação "... eles matam!" já passa a ter como foco os personagens, que neste caso, obviamente são os brinquedos. E ao contrário de "Insanas", neste volume podem participar homens e mulheres.

Super 8

Assisti Super 8, o mais novo filme de JJ Abrams (Lost), com produção de Steven Spielberg.
O filme se passa na década de 1970 e é sobre um grupo de garotos que estão fazendo um filme de terror. Em uma das filmagens eles presenciam um acidente de trem (uma sequência espetacular, aliás - reparem no protagonista divindo sua atenção entre a cena que está sendo gravada e o carro nos trilhos do trem). A partir desse acidente, a cidade é invadida por militares, pessoas começam a desaparecer, assim como vários objetos. Algo está acontecendo e o grupo precisa descobrir o que é.
Abrams aprendeu a lição de como juntar emoção e ação com o mestre Spielberg. Super 8 lembra muito Contatos Imediatos de 3o grau e ET. O roteiro, bem desenvolvido, leva a história aos poucos à ação, dando tempo ao receptor de se acostumar com os protagonistas (ao contrário dos filmes mais recentes, em que a ação explode a cada segundo e não parece haver nenhum personagem interessante na tela).
Uma dica é esperar os créditos, quando o curta produzido pelo grupo é finalmente exibido.

segunda-feira, setembro 12, 2011

Aniversário do Garagem Universitária


O aniversário é dia 10, mas a comemoração será dia 16

A data de estréia do Projeto Garagem Universitária não poderia ter sido diferente: 10 de Setembro de 2010. Dia em que se deflagrou a Operação Mãos Limpas, onde se prendeu uma série de corruptos do Estado do Amapá. Lembro que tivemos uma dificuldade imensa de fazer a divulgação, tendo em vista todos os meios de comunicação estavam voltados a noticiar a operação, mas mesmo assim a edição de estréia foi um sucesso total, se tornando um dos primeiros palcos de protesto contra aqueles atos de corrupção.

Um ano depois, já realizamos Sete Edições e sempre buscamos trazer ao cenário bandas já conhecidas e outras que estão iniciando. Nesse tempo, mais de 30 participaram do projeto, e por isso temos muito que comemorar. Dentro desse sistema a própria banda e o público constroem o processo, a comissão organizadora se preocupa unicamente em recolher os dados e garantir o bom andamento das atividades. Foi por isso que nesse universo não ia ser possível garantir a apresentação de todas em um único evento, daí a opção de fazer o mesmo partindo de uma enquete feita simultaneamente em duas redes sociais: Orkut e Facebook, onde mais de mil votantes participaram e elegeram as seguintes:

Programação:

Bandas locais:

Kronos
Slide
In Praxi
Além do Radio
Seu Madruga Veste Preto
Velho Johnny
Beatle George
Gravydade Zero
Mental Caos
Nova Ordem
LBR

Bandas Regionais e Nacionais.

Além dessas, também sentimos a necessidade de integrar o circuito regional, principalmente com o que diz respeito a cena paraense, que resultou na presença da banda Delinquentes de Belém. E pra somar com a nossa atividade também estará presente na programação a banda que fez acontecer na década de 80 no Brasil: Garotos Podres, de São Paulo. (Fonte: Paulo Zab)

SERVIÇO
Local: Universidade Federal do Amapá - UNIFAP
Horário: A patir das 14:30h
Entrada: Gratuita.

Propaganda é isso aí - escolha seu herói

O blog Mais 1 livro publicou imagens de uma criativa campanha de uma livraria na Lituânia. O tema da campanha era "Escolha seu herói, torne-se outro alguém" e parte do princípio de que o leitor entra na história ao ler. Muito bom.



Revista 1000 universos

O número 3 da revista 1000 universos já está disponível para download. A revista tem dedicada aos contos de literatura fantástica e FC de autoria de Marcelo Paschoalin, Valentina Silva Ferreira, Celly Monteiro, Afonso Luiz Pereira, Cindy Dalfovo e Tânia Souza. Esse número conta com uma bela capa de Marcelo Paschoalin.
Os exemplares podem ser pedidos a peço promocional nos e-mails:

sábado, setembro 10, 2011

Planeta dos macacos - a origem


Planeta dos Macacos é uma grata surpresa. Depois dos cinco filmes das décadas de 1960 e 1970 e do fiasco da versão do Tim Burton, eu duvidava muito que ainda se pudesse fazer algo de bom com a franquia. Afinal, o impacto do filme original hoje é impossível: todo mundo sabe que o Planeta dos Macacos é a Terra. E boa parte do apelo dos filmes seguintes também podem se perder nos dias de hoje: na revolucionária década de 1970, muitos jovens que queriam mudar o mundo se identificavam com a revolução símia levada às ruas pelo macaco inteligente César. 
Neste novo filme, os macacos não são usados como escravos, mas a arrogância humana continua sendo o impulso que leva os macacos a se revoltarem. A explicação para César ser tão inteligente é também melhor trabalhada (na série original, ele era um paradoxo temporal, já que era filho de macacos inteligentes que haviam viajado para o passado): agora, ele é resultado de uma pesquisa científica. 
O cientista interpretado por James Franco e seu  pai dão um tom adequado, já que o filho procura a cura do pai, doente de Alzheimer. Depois que uma macaca ataca pessoas, a experiência é suspensa e os macacos mortos, mas o cientista acaba criando o filhote para evitar que ele morra. 
Essa primeira parte do filme, muito bem desenvolvida, trabalha a relação cientísta-pai-macaco com um forte toque humano e comovente. A interpretação de Andy Serkis, que faz o macaco Cesar, é fundamental nessa fase. A nova tecnologia permite que suas expressões faciais sejam capturadas pelo computador e transformadas nas expressões de um símio. Diante dele, a maquiagem ganhadora do Óscar do primeiro Planeta dos Macacos parece uma máscara sem expressão. 
A trama vai se desenvolvendo de forma que o expectador mal percebe e quando a ação irrompe, ela parece uma consequência direta do que veio antes, e não uma simples exibição de efeitos especiais, como temos visto tantas vezes. 
Definitivamente, o diretor Rupert Wyatt acertou a mão. Espera-se que os outros da franquia sigam esse mesmo caminho.  





Manifestantes saem pelo centro de Macapá pedindo punição aos indiciados pela Operação Mãos Limpas


A manifestação do Movimento Passando a Limpo o Amapá reuniu centenas de amapaenses no centro comercial de Macapá, para relembrar um ano da Operação Mãos Limpas, desencadeada para desmantelar uma quadrilha que agia dentro do Governo do Estado, que ficou conhecido como “governo da harmonia”.

Com cartazes, faixas, bexigas brancas, nariz de palhaço e apitos as pessoas pediram pela punição dos indiciados da Operação Mãos Limpas, o dinheiro extorquido dos cofres públicos de volta e o fim da corrupção no Amapá. 
A organização da manifestação instalou telões na praça Veiga Vabral, local da concentração dos manifestantes, exibindo reportagens nacionais que mostravam a prisão dos envolvidos e o esquema de corrupção montado no Estado. 

De acordo com o promotor público Moises Rivaldo Pereira, um dos participantes da manifestação, é importante que a população não esqueça e cobre o que foi tirado e quem for culpado deve pagar pelo que fez. “Temos que estar alerta, não podemos deixar que a corrupção vença, estamos indignados e temos que nos manter vigilantes”, ressaltou. 

Para dona de casa Nazaré Silva a manifestação foi importante para mostrar que o amapaense não esqueceu o que aconteceu e que busca por justiça. “Ficamos sempre com aquela dúvida de que não vai dar em nada, que ninguém será punido e que nunca teremos nosso dinheiro de volta. É triste pensar assim, queria muito que essa operação punisse os culpados, para podermos dizer para nossos filhos que eles têm que ser honestos para se dar bem na vida”, ressaltou. 

A manifestação foi promovida por movimentos sociais, partidos políticos e cidadãos engajados que fazem parte do Movimento Passando a Limpo o Amapá, conta com presidentes de bairros, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), União Nacional dos Estudantes (UNE), Juventude Socialista Brasileira (JFB), Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UEAP e Centro Acadêmico de Enfermagem da Unifap. 

Personalidades políticas participaram do protesto, como o vereador de Macapá, Washington, senador João Alberto Capiberibe e deputada federal Janete Capiberibe.
Operação Mãos limpas
Na época, foram presos o governador do estado e candidato à reeleição Pedro Paulo Dias, o ex-governador e candidato ao Senado Waldez Góes, a ex-primeira dama e candidata a deputada estadual Marília Góes, o presidente do Tribunal de Contas do Estado José Júlio Miranda, secretários de estado, servidores públicos e empresários. A Operação Mãos Limpas tornou-se visível no dia 10 de setembro de 2010, quando ocorreu a maioria das prisões. Foram mobilizados 600 policiais federais para cumprirem os 18 mandados de prisão temporária, 87 mandados de condução coercitiva e 94 mandados de busca e apreensão.
Segundo os organizadores do Movimento Passando a Limpo o Amapá, a ação da quadrilha provocou um rombo de R$ 1 bilhão e 700 milhões nos cofres estaduais. O montante equivale à dívida do Governo do Amapá. Até as parcelas de empréstimos consignados eram descontadas dos servidores mas não foram pagas aos agentes financeiros: R$ 74 milhões desapareceram. A previdência dos servidores estaduais também foi lesada. A dívida com a AMPREV chega a R$ 422 milhões. Ao INSS, o Governo do Amapá deve R$ 177 milhões.
A dívida do Executivo, da Assembleia Legislativa e do Judiciário fora renegociada, mas o acordo não foi cumprido pelo “governo da harmonia”. O calote do governo Waldez impede nova negociação pelo atual governo e torna o estado do Amapá inadimplente e por isso impedido de acessar R$ 180 milhões do BNDES que seriam usados para melhorar o serviço público de saúde. Agora, o INSS só aceita a quitação da dívida à vista e o Amapá será obrigado a pagar juros de recursos externos para pagar a conta. Fonte: Pérola Pedrosa



Ps: Vale lembrar que a sensação de impunidade era tão grande que esses senhores que foram presos faziam as coisas à vista de todos. Exemplo disso, foi quando eles desviaram o dinheiro que era descontado dos servidores estaduais e que deveria ser repassado ao Segura Saúde Sul América. Dezenas de milhares de servidores e familiares ficaram sem atendimento de saúde durante um mês por causa desse desvio.

Propaganda é isso aí


quinta-feira, setembro 08, 2011

UNIFAP inaugura restaurante universitário

A Universidade Federal do Amapá (Unifap) entrega nesta sexta-feira, 9, às 10h, o Restaurante Universitário (RU). O prédio ocupa área de 1.300 m² e tem capacidade para atender até 320 pessoas sentadas. De segunda a sexta-feira, serão oferecidos diariamente 650 almoços, no horário das 11h às 13h30. O RU vai atender acadêmicos e funcionários da instituição, além de trabalhadores de empresas terceirizadas que prestam serviços para a Unifap.
A obra custou cerca de R$ 2,5 milhões divididos entre a parte física e de equipamentos. O atraso de um ano na conclusão dos serviços ocorreu devido problemas burocráticos. Parte do dinheiro previsto em emenda parlamentar não foi liberado e a Unifap teve que buscar meios junto ao Governo Federal para obter os recursos necessários para o término do RU.
"Apesar de todas as dificuldades, a Unifap possui seu próprio restaurante com apenas 21 anos de criação. No Brasil, várias universidades, com mais tempo de existência, ainda não têm um RU", afirmou o pró-reitor de Extensão e Ações Comunitárias (Proeac), professor Steve W. de Araújo. Além de facilitar à alimentação, o RU também contribui para a qualidade de vida dos acadêmicos. 
Restaurante Universitário Foto: Kleber Soares
Com a inauguração do restaurante, a Unifap não vai apenas garantir o acesso dos estudantes à universidade, também vai possibilitar a permanência e a conclusão dos estudos desses. Quatrocentos alunos de baixa renda foram cadastrados para isenção total no almoço. Os demais pagarão R$ 1,50 e funcionários R$ 4,25.  "Neste primeiro momento o RU vai atender apenas à demanda do almoço. Brevemente nós vamos oferecer o jantar", garantiu o professor Steve Araújo. Leia mais

Guerra dos tronos

Este mês li A guerra dos tronos e já estou no segundo volume da saga, A fúria dos reis. A série tem o nome de Crônicas de gelo e fogo, mas deve pegar mesmo como A guerra dos tronos, que foi o título escolhido para a série de HBO. O que posso dizer é que até agora não me decepcionou. George R. R. Martin escreve muito bem e tem um domínio completo da narrativa. Ao contrário de Tolkien, ele não perde tempo com descrições extremamente detalhadas de cenários. Suas descrições mais trabalhadas são de ações e, na maioria das vezes, essas descrições acabam tendo importância na trama, como na situação dos bastardos do rei. Os livros impressionam tanto pela enorme quantidade de personagens como a profundidade que a autor consegue imprimir a quase todos eles. E pelo menos um personagem já se tornou antológico: o anão Tyrion, um vilão tão bom que, em determinados momentos, você acaba torcendo por ele. Estou escrevendo uma resenha para o Digestivo Cultural e, depois que sair lá, eu publico aqui.

Pateta faz história

Já está nas bancas de Macapá a coleção Pateta faz histórias, com HQs feitas na maioria pela filial argentina da Disney em que Pateta representa personagens históricos. Até agora o nível á altíssimo, tanto em termos de roteiro quanto de desenhos. Uma curiosidade é que, a tirar pelo que já chegou às bancas, o tema da série é o conflito de gerações. Os pais geralmente são mostrados como figuras autoritárias, que não aceitam a profissão dos filhos. Isso fica bastante óbvio nas histórias sobre Colombo, Newton, Da Vinci e Strauss. Talvez isso seja um reflexo da péssima relação de Disney com o pai, já documentada por vários históriadores. Nos filmes, essa relação conflituosa aparece na total ausência dos pais dos protagonista. Como essas HQs foram feitas na Argentina, será que havia uma orientação editorial para que os pais fossem mostrados de maneira negativa? Ou será apenas uma coinciência? Fica a dúvida.

segunda-feira, setembro 05, 2011

Clipe Soldado Colorido

Abaixo um clipe em stop motion dirigido por mim e pelo meu filho. A música é da banda amapaense Minibox Lunar.

Panini lança volume com as primeiras histórias de John Constantine

O site Universo HQ divulgou que a editora Panini vai lançar um edição especial com as cinco primeiras histórias de John Constantine, escritas por Jamie Delano e ilustradas por John Ridgway. Não sei se hoje essas histórias terão o mesmo impacto, mas na época em que essas histórias saiam na revista do Monstro do Pântano, da Abril, foram um revolução ao apresentar um terror político. Confesso que a primeira vez em que realmente senti medo lendo uma HQ foi no primeiro arco, sobre um demônio da fome. Essas histórias foram a grande influência da época em que comecei a escrever quadrinhos, para revistas como Calafrio e Mephisto.

sábado, setembro 03, 2011

10 razões pelas quais Guerra dos tronos é melhor que Senhor dos aneis

Até o lançamento de A Guerra dos Tronos, primeiro volume da série As Crônicas de Gelo e Fogo, muitos poderiam apostar que jamais a fantasia seria tão boa quanto em O Senhor dos Anéis. Mas George R.R. Martin começou a escrever e então... bom, quem ainda não comprovou pode fazê-lo. Há vida – e muita – para além de Frodo e seu anel. Aquele que vencer as tortuosas 60 primeiras páginas de A Guerra dos Tronos terá percorrido um caminho sem volta. Depois disso, o livro obriga o leitor a programar-se para ler, encontrar tempo na agenda ou perder algumas horas de sono, se for preciso. Tudo para avançar um capítulo, outro, e aos poucos descobrir o que se dará com Eddard Stark e sua honra sem medida, com o anão Tyrion Lannister e seu cérebro afiado e com a pequena e destemida Arya. Quase 600 páginas depois – não é pouco – só haverá um veredito: Martin superou J. R. R. Tolkien. Confira os 10 principais argumentos que comprovam a superioridade de As Crônicas sobre O Senhor dos Anéis. Leia mais

sexta-feira, setembro 02, 2011

O primeiro gibi a gente nunca esquece

Fiquei espantado e saudoso ao descobrir, no blog Rock e quadrinhos, a capa da revista Heróis da TV 16. Foi o primeiro gibi de super-heróis que vi e que me marcou, embora eu não o tenha lido. Eu tinha saído da escola e, no caminho, vi vários colegas amontoados em frente a um balcão de uma mercearia. Lá dentro, atrás do vidro, estava o exemplar dessa revista. O dono da mercearia não deixava folhear e ninguém tinha dinheiro para comprar. Assim, só o que sobrava era admirar a capa, de longe. Mesmo assim, todo mundo saiu muito impressionado e comentando a bela capa com o Motoqueiro Fantasma em perspectiva com uma composição super-dinâmica. Claro que o personagem também chamava atenção de garotos novos como nós. Eu só viria a ler super-heróis muito tempo depois, na época da Superaventuras Marvel, mas esse número nunca me saiu da memória.

quinta-feira, setembro 01, 2011

Deputados cantam "Depende de nós"

Resenha do livro Watchmen e a teoria do caos

Resenha escrita pelo Edgar Smaniotto.

Perry Rhodan 50 anos: Space Opera


Roberto de Sousa Causo
De São Paulo
Dioberto "DIO" Souza, um fã da série alemã Perry Rhodan, me chamou a atenção para o fato de ela completa, no dia 8 de setembro deste ano, um cinqüentenário de existência. Em homenagem a esta que é a maior série de ficção científica de todos os tempos, com mais de 2.600 episódios publicados no seu país de origem (marca atingida em junho deste ano), ao longo das próximas semanas o leitor desta coluna poderá encontrar aqui vários artigos a respeito dela e desta data tão extraordinária para um produto literário popular.
Atualmente, fala-se muito no subgênero da ficção científica conhecido como space opera, em grande parte por conta da militância do escritor Hugo Vera, que este ano lançou pela Editora Draco a antologia Space Opera: Odisséias Fantásticas na Fronteira Final, a primeira dentro do subgênero. Traz histórias de Vera, Gerson Lodi-Ribeiro, Clinton Davisson, Maria Helena Bandeira, Jorge Luiz Calife, Letícia Velásquez, Marcelo Jacinto Ribeiro, Flavio Medeiros Jr. e Larissa Caruso.
É bom lembrar, porém, que durante muitos anos, incluindo boa parte das décadas de 1970 e 80, Perry Rhodan, vendido em bancas e por reembolso postal, foi a space opera de maior circulação no Brasil. Leia mais