Capa do documentário sobre Cláudio Seto. |
No final da década de 1970 foi o coordenador editorial da editora Grafipar, de Curitiba, que inundou as bancas com quadrinhos nacionais e revelou grandes talentos, como Mozart Couto.
Para evitar que a editora publicasse quadrinhos estrangeiros, Seto variava ao máximo os estilos das revistas: quando um agente vinha oferecer um gibi de terror, eles já tinham um, quando vinham oferecer um de faroeste, eles já tinham um. Com isso, Curitiba se tornou uma verdadeira meca dos quadrinhos brasileiros, a ponto de existir uma vila de quadrinistas, onde moravam alguns dos grandes talentos nacionais.
Mesmo depois do fim da Grafipar, Seto continuou sendo uma referência para pelo menos duas gerações de roteiristas e desenhistas curitibanos. Ele sempre abria as portas de sua casa e recebia com o maior prazer esses novos talentos que estavam surgindo. Era um cara alegre, brincalhão, de um talento impressionante. Provavelmente foi a primeira pessoa a fazer uma verdadeira fusão entre os quadrinhos nacionais e o estilo mangá, criando um estilo próprio e único no mundo.
Seto morreu no dia 15 de novembro de 2008.
Claro que tanto talento despertava muita inveja. Na época da morte dele, um desses invejosos perseguiu a família por meses, enviando mensagens redes sociaisc. Sem embasamento para criticar a obra de Seto, o invejoso se limitava a inventar mentiras sobre sua vida pessoal.
Mas, como dizem, os cães ladram e a caravana passa. Seto entrou para a história dos quadrinhos nacionais e será sempre lembrado não só pela sua arte espetacular, seus roteiros inventivos, mas também pela ótima pessoa que era, pois lendas são feitas de talento e caráter.
2 comentários:
Coincidentemente, hoje antes de ver seu post estava folheando o último livro dele: Flores Manchadas de Sangue. Realmente um trabalho memorável!
Comprei no último FIQ uma cópia do DVD, O Samurai de Curitiba, lançado em 2011, sobre o Seto. É bem legal e interessante, apesar de ficar mais nas curiosidades... tem interesse? Posso enviar-lhe uma cópia...
Uma lenda num país sem memoria!
Enviar um comentário