Começamos a assistir ao seriado Walking Dead.
Sempre achei o tema zumbis interesantes. Eles mexem com questões básicas da humanidade: o medo das epidemias, da morte. Histórias sobre zumbis são sempre histórias sobre pessoas em situação limite, um dos meus temas prediletos. Tenho inclusive uma HQ sobre isso, Refrão de Bolero, desenhada pelo compadre Joe Bennett. Lost também era sobre pessoas em situação limite.
Por outro lado, os zumbis lidam com um aspecto psicológico: o ID, a camada mais essencial do ser humano, a menos civilizada. Zumbis são puro ID, seres sem inteligência ou controle, que vivem apenas para comer carne crua. Os zumbis são a multidão, incontrolável, irracional e instintiva.
Por outro lado, os que sobrevivem ao apocalipse zumbi geralmente são pessoas que liberam seu ID. Podem matar sem culpa, pois as suas vítimas já estão mortas.
Todas essas questões são muito bem exploradas no seriado. Um ponto alto da série é que ela desenvolve muito bem a relação entre os personagens e como o que está acontecendo os afeta e afeta a sua relação com os outros.
Pessoas em uma situação como essa fazem coisas que não fariam normalmente, da mesma forma que pessoas no meio de uma multidão parecem mudar de personalidade.
Além de Robert Kirkman, o roteirista da série em quadrinhos e que no seriado é produtor executivo e roteirista, um nome garante qualidade ao seriado: Frank Darabont, diretor de obras-primas baseadas em textos de Stephen King, como Um sonho de liberdade e À espera de um milagre.
Falando em King, ele escreveu um ótimo livro sobre zumbis: Celular. Quem gostou de Walking Dead certamente vai gostar...
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