Esta semana, em Goiânia, um pai perseguiu e matou o filho por pura discordância política. Depois se matou.
Ainda esta semana, o jornalista Caco Barcelos foi agredido por um grupo de extrema-direita em um protesto no Rio de Janeiro. A internet explodiu, com várias páginas de extrema-direita comemorando a agressão ao jornalista.
São sintomas de um país doente.
Em países democráticos, pessoas convivem pacificamente com pessoas de opiniões diferentes.
Aqui chegamos em um estado de coisas em que, para uma grande parcela da população brasileira, tornou-se crime pensar diferente. É um estado em que a única solução possível é o extermínio de quem pensa diferente - seja o pai matando o filho, seja o grupo agredindo o jornalista e comemorando.
As coisas chegaram a um tal ponto que já inventaram até mesmo um nome para quem não se alinha ao extremismo de esquerda ou de direita: isentão. Qualquer um que concorde com o radicalismo político homicida é chamado de isentão - e torna-se, também ele, um inimigo em potencial.
Nada de bom poderá resultar disso...
Logo teremos filhos matando pais, irmãos matando irmãos... apenas por terem opiniões políticas diferentes.
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