Layout é a organização da loja, visando a facilitar a vida do cliente
(ajudando a achar os produtos que procura), a facilitar a atividade do
vendedor, além de induzir as pessoas a comprarem mais. O layout também tem a
importante função de fazer o consumidor andar por todo o ponto de venda,
evitando que existam áreas mortas.
Já reparou que os itens mais importantes da lista de compras (como arroz,
feijão, frutas e verduras) ficam na parte oposta à entrada do supermercado? É
para fazer o consumidor percorrer a loja até chegar a eles. Mas existe a chance
de o cliente ir direto ao ponto. Assim, outros itens importantes, como leite,
café e produtos de limpeza, são espalhados por outros locais. Num bom
supermercado, a pessoa precisa percorrer todo o espaço, passando por muitos
produtos supérfluos, antes de encontrar o que precisa.
Num shopping center, o layout é pensado para obrigar a pessoa percorrer
todo o espaço se quiser chegar à área de diversão e lanches, que normalmente
fica no último andar. Por isso as escadas rolantes ficam tão afastadas. A
pessoa sobe para o segundo andar e tem que percorrer quase todo o piso antes de
encontrar a escada que o levará ao terceiro, e assim por diante.
Em uma loja, o layout
pode ser retangular, fluxo livre ou boutique.
O layout retangular é
aquele típico de supermercados e mercadinhos. As prateleiras são colocadas uma ao
lado da outra, em linha reta. Nesse caso, os produtos mais supérfluos, que
geralmente não constam nas listas de compras (chocolates, salgadinhos etc.)
devem ficar nas vias principais e os produtos mais básicos longe dessas vias,
forçando o consumidor a percorrer a loja, expondo-o à tentação da compra por
impulso.
A vantagem desse tipo de
organização do ponto de venda é que ele é barato, fácil de fazer e favorece a
segurança (é fácil perceber quando alguém está roubando um produto, pois há
poucas áreas para se esconder). O lado negativo é que ele não é nada bonito,
nem criativo. Por essa razão, ele não estimula o consumidor a ficar muito tempo
no ponto de venda.
Já o fluxo-livre tem
exatamente as características opostas. Criativo e diferente, ele estimula os
sentidos do consumidor, fazendo-o percorrer de livre e espontânea vontade o
ponto de venda, o que estimula a compra por impulso. As gôndolas são dispostas
de maneira livre, preferencialmente criando ambientes. Por exemplo, numa loja
de móveis, pode ser criada uma sugestão de sala de estar, de modo que o consumidor
visualize como o sofá, o rack e a televisão vão ficar em sua casa.
O aspecto negativo é a
falta de segurança. No fluxo livre surgem muitos espaços que podem ser usados
para esconder um produto na roupa ou na sacola. Além disso, se for malfeito, esse
tipo de layout pode causar confusão visual e até comprometer a compra, pois o
ambiente está abarrotado de produtos, dificultando o fluxo.
Finalmente, o formato boutique
é usado por aquelas lojas que dividem os produtos em setores, como feminino,
masculino, infantil etc. Em alguns casos, como nas lojas Marisa e Renner, os
produtos são divididos até por cores, como na seção de lingerie.
A vantagem desse modelo é
a flexibilidade e a segmentação. Afinal, cada setor da loja fala diretamente
para um tipo de cliente. Também é interessante por ajudar o cliente a encontrar
o que precisa, desde que o ambiente seja bem sinalizado.
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