A guerra civil espanhola foi o principal campo de provas
das novas técnicas de luta que seriam introduzidas pelos alemães.
A Alemanha enviou à Espanha centenas de carros de
combate, aviões, artilharia, armamento individual e aproximadamente 5 mil
especialistas militares, na maioria pilotos reunidos na Legião Condor.
Os estrategistas alemães usaram a Espanha para testar a
guerra aérea, muito propagada pelos teóricos militares. Descobriram que os
aviões da época eram deficientes para atingir objetivos estratégicos. Havia,
por exemplo, a falta de precisão dos bombardeios. Isso levou os técnicos da
Luftwaffe a desenvolverem um novo sistema de navegação, o X-Gerat e o
Knickebein.
Os aviadores aprenderam a coordenar suas ações com as
forças terrestres, fornecendo apoio e ágil poder de fogo. Os aviões junkers e Stukas
tornam-se especialistas em bombardeamento em mergulho, que irá provocar muitas
perdas nos combates da Polônia.
Os alemães compreendem que é necessário romper com as
táticas em que os caças atacavam sozinhos, comuns na I Guerra. Assim, criam a
formação de quatro, com dois pares, cada um contando com um líder e um
ponteiro.
Mas o maior ganho dos nazistas com a guerra da Espanha
foi a experiência adquirida pelos pilotos. Os que passavam pela escola
espanhola voltavam para a Alemanha repassar sua experiência para os colegas,
enquanto outros iam aprender na prática. Quando estoura a II Guerra Mundial,
nem um outro país do mundo tem tantos pilotos experientes em combate.
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