O grande ditador foi um filme feito por Charles Chaplin
para criticar Hitler e que, segundo alguns, preparou a opinião pública
norte-americana, abrindo as portas para a entrada dos EUA na guerra.
No filme, Chaplin representa dois papéis, o ditador
Adenois Hynkel e um barbeiro judeu. Chaplin estudou tão minuciosamente os
trejeitos de Hitler para imitá-lo na tela que sua visão do ditador é muitas
vezes mais lembrada do que a própria imagem de Hitler.
Chaplin inventou uma língua, o tomaniano, que satiriza o
discurso histérico do fuhrer. O ditador italiano Mussolini também é satirizado
na história.
Na trama do filme, Hynkel pede dinheiro a um banqueiro
judeu, mas como não consegue, passa a perseguir esse povo.
Mas um acaso faz com que o barbeiro judeu acabe tomando o
lugar do ditador em uma convenção do partido e, o que deveria ser um discurso
em prol do ódio, torna-se um discurso sobre a paz e a solidariedade.
A cena mais famosa de O grande ditador é quando Hynkel
brinca com o globo terrestre, mostrando a intenção do ditador de dominar o
mundo, mas ao final da cena o balão explode e o ditador chora. Nenhuma cena
poderia ser mais marcante e representar melhor a crítica de Chaplin.
O filme, claro, provocou a fúria dos nazistas e até o
governo norte-americano, que na época tinha relações cordiais com a Alemanha,
se sentiu desconfortável com a película.
Chaplin chegou a declarar que exibiria o filme, mesmo
precisasse comprar um cinema para isso. Felizmente isso não foi necessário e O
Grande Ditador foi um grande sucesso, ajudando a colocar a opinião pública
norte-americana contra os nazistas.
Posteriormente,
quando soube dos horrores dos campos de extermínio, Chaplin declarou que, se
soubesse o que de fato os nazistas fariam, não teria feito uma comédia.
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