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O grupo espantou-se com o que via
pela pequena janela do quarto. Se antes a multidão de pessoas invadindo o
prédio como formigas havia impressionado, agora a imagem era igualmente
impactante: um quarteirão inteiro tornara-se uma bola de fogo pontuada de
explosões. Uma nuvem negra se elevava no céu como um cogumelo de morte.
- O posto de gasolina... –
murmurou Edgar.
Jonas fez que sim:
- Todo aquele combustível
espalhado... o calor do sol deve ter feito o resto.
Os zumbis agora saiam do prédio,
como uma onda escoando na direção das explosões.
- O barulho está chamando atenção
deles.
- Vamos ter que procurar outro
caminho para voltar para casa. – decidiu Edgar.
O grupo desceu correndo as
escadas, torcendo para que não tivesse sobrado nenhum dos zumbis no prédio.
Aparentemente, todos haviam sido atraídos pelo barulho da explosão.
Já no carro, Alan se lembrou do
celular:
- Podemos tentar ligar para
alguém, descobrir se isso aconteceu em toda a cidade.
Edgar suspirou:
- Boa sorte. Já tentei isso.
Tentei também do telefone fixo. Nem a polícia atende.
- Já tentou fazer uma ligação para
fora da cidade?
Edgar e Jonas se entreolharam. O
homem negro deu um tapa na testa:
- Nem pensamos nisso!
Alan colocou o telefone no viva
voz e ligou o número de um amigo que morava em outro estado. Deu sem sinal.
Tentou diversas vezes antes de se decidir um número aleatório. Na terceira
tentativa, alguém atendeu:
- Alô? Tem alguém aí?
Era uma mulher. Se pudesse, Alan
teria dado um salto de alegria.
- Alô. Estamos falando de...
A pessoa do outro lado cortou-o:
- Não posso falar muito alto. Eles
são atraídos pelo barulho. E a bateria está acabando. Por favor, preciso de
ajuda. Não sei o que fazer. Por favor, chame a polícia...
Depois disso a linha caiu.
- Ah, não! Ah, não! Não! Não! –
gritou Alan, tentando desesperadamente ligar novamente, mas o celular nem mesmo
dava sinal.
Foi nesse momento que a mulher
apareceu na frente do carro.
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