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O grupo passou por uma porta
fechada. Alan colocou a mão na fechadura, mas Roberto o impediu:
- Essa porta dá acesso ao porão,
que estava em reforma quando começou tudo isso. Peço que não entrem aí. Há
pregos e madeiras espalhadas e não tenho lâmpadas. Alguém pode se machucar.
- Desculpe-me. – disse Alan.
- Oh, não há nenhuma razão para se
desculpar. – garantiu Roberto, com um sorriso. Vamos subir para o segundo
andar? É lá que ficam os quartos. Não sei se tenho quartos para todo mundo.
Espero que não se importem de ficar dois em um quarto.
- Você diz isso porque não sabe o
que passamos. Depois de toda a confusão dos últimos dois dias eu dormiria até
num canil.
Roberto riu e foi acompanhado pelo
resto do grupo. Apenas Zu não riu.
- Isso deve ter custado uma
fortuna! – exclamou Alan.
Estavam num corredor no andar
superior. Havia dormitórios dos dois lados e um no final, o maior deles. Os
quartos eram amplos, tinha televisão com DVD e banheiros internos.
Roberto sorria.
- E o melhor é que todos os
quartos têm isolamento acústico. A não ser que um de vocês resolva passear lá
fora, estarão seguros aqui...
Zu chamou Edgar para um canto:
- Que razão um de nós teria para
passear lá fora sozinho?
Edgar olhou-a, severo:
- Zulmira, você está passando dos
limites.
Depois desceram para a cozinha.
Havia uma geladeira e dois freezers. Um deles estava repleto de carne.
- Como tenho energia elétrica,
assim que aconteceu a coisa, fui em mercados e peguei carne para estocar.
Zulmira e Jonas e aproximaram para
ver.
- Cadáveres. – comentou Zu.
Roberto pareceu desconcertado:
- Cadáveres? Como...?
- Ela é vegetariana. – esclareceu
Alan.
- Oh, sim. – suspirou Roberto.
Tenho também muitas verduras. Não é por isso que vão passar fome...
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