O revisionismo é uma corrente histórica que procura
provar que não existiu o holocausto. Na maioria ligada a grupos neo-nazistas,
esses autores divulgam suas idéias em sites e livros. Segundo eles, Hitler era
um homem bondoso que só reagiu a um plano dos poloneses e judeus para invadir a
Alemanha.
Eles dizem que o genocídio não aconteceu e, se aconteceu,
Hitler não tinha conhecimento do assunto, já que nunca foi encontrado um
documento no qual o líder nazista desse a ordem “Matem os judeus”.
Entre os argumentos apresentados, dizem que era
impossível usar o gás Zyklon B nas câmaras de gás, pois a grande quantidade de
gás necessária para essa operação provocaria a contaminação das pessoas que
recolhiam corpos ou provocariam uma explosão. Argumentam também que morreram
apenas 50 mil pessoas, a maioria inimigos do regime, e vítimas de uma epidemia
de tifo.
A origem do revisionismo está no livro O drama dos judeus
europeus, de Paul Rassinier. Ele fazia parte da resistência francesa e ajudava
a criar redes de fuga para aqueles que eram perseguidos pelos nazistas.
Denunciado, ele foi preso no campo de Buchenwald. Lá ele não viu câmaras de gás
e concluiu que elas eram apenas imaginação dos sobreviventes de outros campos.
Ocorre que Buchenwald ficava em plena Alemanha e não era um campo de
concentração, mas um campo de trabalhos forçados.
As idéias revisionistas têm sido contestadas uma a uma
por dados, como relatos de sobreviventes, depoimentos de oficiais alemães,
fotografias, análises demográficas (demonstrando a diminuição brutal da
população judia após o holocausto) e outros. São toneladas de provas.
Sabe-se, por exemplo, que o gás Zyklon B é muito mais
mortífero para humanos do que para piolhos, de modo que seria necessária uma
pequena quantidade desse gás para matar as pessoas nas câmeras, pessoas aliás,
já sufocadas pelo ambiente apertado e com pouco ar. Além disso, quem retirava
as vítimas não eram os alemães, mas os prisioneiros.
Cada forno de Auschwitz tinha capacidade de processar 2
milhões de pessoas por ano, uma estrutura desnecessária se o objetivo fosse
matar apenas 50 mil pessoas.
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