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Os minutos passavam. O grupo
ficara do lado de fora, atento e apreensivo. Estavam totalmente expostos e,
embora o som da horda se mostrasse cada vez mais próximo, era impossível
identificar exatamente de onde vinha. Poderiam ser surpreendidos a qualquer
momento.
De repente, o carro deu um estalo
e, miraculosamente, funcionou. Edgar nunca se sentira tão feliz em ouvir um som
como aquele.
- Vamos, entrem, deixem que eu
dirijo! – disse Jonas.
Edgar sentou-se no banco traseiro,
Sofia em seu colo. Ela estava fria, mas ao menos o sangue parara de molhar o
pano.
- Para onde vamos? – perguntou.
- Vamos pra um local em que
teremos comida, farmácia e proteção...
O grupo fez silêncio. Do que ele
estaria falando?
- Vamos para o shopping.
- Para o shopping? – repetiu Alan.
- Que outro local poderia ser
melhor? Lá teremos tudo que precisamos, inclusive proteção. E na sala de cinema
devemos conseguir até mesmo isolamento acústico.
- Mas o local deve estar repleto
de zumbis...
- Não acredito. Quando a coisa
toda aconteceu, o shopping já estava fechado. No máximo encontraremos um ou
outro guarda, mas é possível que ele esteja normal.
- E como vamos entrar?
- Eu sei de uma entrada.
Edgar segurou mais firme a garota
contra si e apertou o corte. Enquanto isso pensava em Jonas: onde ele aprendera
a fazer ligação direta em um carro, onde aprendera essa entrada secreta?
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