Os alemães tentaram esconder dos mundos o que acontecia
nos campos de concentração. A idéia dos fornos foi justamente para não deixar
corpos e, portanto, provas. Na medida em que ficava claro que os nazistas não
ganhariam a guerra, eles começaram a fazer tudo o possível para apagar as
pistas dos horrores.
O que aconteceu no campo de Treblinka exemplifica bem
isso.
Os prisioneiros judeus restantes, que haviam sido
forçados a desmantelar o campo, foram transferidos para o campo de morte de
Sobibor em 20 de Outubro de 1943, através de Siedlce e Chelm.
Em 17 de Novembro de 1943, o último transporte partiu,
carregando equipamentos do campo. Partes dos alojamentos foram enviados para o
Campo de Trabalhos Forçados de Dorohucza próximo a Trawniki.
Os fornos foram derrubados, assim como os galpões.
Árvores foram plantadas para que o local se parecesse com uma fazenda.
Um guarda ucraniano, chamado Streibel foi deixado ali,
como se fosse um fazendeiro. Além disfarçar a verdadeira função da área, ele
servia para afugentar a população que se aproximava.
Quando esse guarda foi embora, a população das
proximidades desceu até o local para tentar encontrar objetos de valor. Nisso,
eles revolveram a terra e encontraram parte de corpos em decomposição. Finalmente
eles entenderam para que servia aquele campo: para exterminar pessoas.
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