Houve várias tentativas individuais para resistir aos
nazistas em Treblinka; por exemplo,
o assassinato do SS Max Biala por Meir Berliner em 11 de Setembro de 1942, mas
não foi antes dos primeiros meses de 1943 que um grupo de resistência foi
formado. Este grupo incluía Galewski, Dr. Julian Chorazycki, Zelo Bloch, Zvi
Kurland, Rudolf Mazarek e Dr. Leichert. Nem todos do grupo sobreviveram ao
levante; muitos iriam morrer heroicamente.
Quando a cremação dos corpos estava chegando perto do
fim, e estava claro que o campo e os prisioneiros estavam prestes a serem
liquidados, os líderes do movimento de resistência resolveram que o levante não
poderia mais ser postergado. Uma data e hora foi fixada – 17:00 em 2 de Agosto
de 1943.
Inicialmente, o levante ocorreu de acordo com o plano.
Com uma cópia da chave, o arsenal foi aberto. Armas foram removidas e entregues
aos membros da resistência.
Pouco antes do momento programado para o levante, alguns
dos homens da SS haviam decidido se banhar no vizinho Rio Bug, dessa forma
enfraquecendo a guarnição. Por causa disso, e para assegurar que o levante não
tinha sido comprometido, os rebeldes não tiveram opção senão iniciar a revolta
mais cedo que o planejado. Os rebeldes que possuíam armas roubadas abriram fogo
nos guardas do campo. O posto de gasolina explodiu e os alojamentos de madeira
foram incendiados. As câmaras de gás não foram danificadas. Uma massa de
prisioneiros agora tantava romper as cercas na tentativa de escapar do campo.
Eles foram alvejados pelos guardas das torres de vigia. A maioria daqueles que
tentavam escapar foram alvejados enquanto ficavam enroscados no arame farpado
que ficava entrelaçado com as armadilhas anti-tanque.
Aqueles que escaparam foram perseguidos pela polícia
local e forças de segurança, incluindo guardas de Treblinka I. 1.000 internos
ainda estavam vivos quando ocorreu o levante de 2 de Agosto de 1943. Destes,
somente 200 conseguiram escapar. Cerca de 60 dos fugitivos ainda estavam vivos
no final da guerra para contar ao mundo os horrores de Treblinka.
Um certo número de sobreviventes testemunhou nos
julgamentos pós-guerra de Josef Hirtreiter nos anos 1950. O julgamento
principal dos homens da SS de Treblinka ocorreu em 1964/65; o julgamento do
comandante Franz Stangl foi em 1970.
Dos prisioneiros que permaneceram no campo depois do
levante, alguns foram assassinados no local. O resto foi forçado a demolir as
estruturas e eliminar os traços das atividades homicidas do campo.
Como as câmaras de gás ainda funcionavam depois da
revolta, as últimas vítimas foram gaseadas em 21 de agosto de 1943.
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