Auschwitz foi o maior campo de concentração construído
pelos nazistas. Dos seis milhões de pessoas que morreram no holocausto, mais de
um milhão pereceu em Auschwitz. É considerado hoje uma fábrica de assassinatos.
O campo foi criado em 1940, sob direção do capitão Rudolf
Hoss num local hermo do sul da Polônia, tendo com base barracões velhos
construídos pelo Império Austro-Hungaro na época da I Guerra Mundial. Esses
barracões foram restaurados por prisioneiros poloneses.
Três meses após a inauguração, Auschwitz já abrigava oito
mil pessoas. Os que não eram mortos trabalhavam na fábrica da IG Farben, um
grupo industrial químico alemão, que instalou no campo uma fábrica de borracha
e combustíveis sintéticos.
A rotina dos que não eram enviados às câmaras de gás era
estafante: cavavam fossas, fabricavam tijolos, contruíam prédios, abriam
estradas, colocavam trilhos, carregavam e descarregavam trens. A maioria morria
logo, vítimas da fome, da exaustão e dos maus tratos.
Os melhores serviços eram a triagem da bagagem e os
sonderkommando. Os prisioneiros da triagem vasculhavam as malas dos
recém-chegados, separando, roupas, relógios ou qualquer outro objeto de valor
que pudesse ser enviado para a Alemanha. Os sonderkommando eram uma espécie de
polícia interna, composta de judeus ou não, que controlavam os outros e
ajudavam os alemães nos assassinatos, além de recolher os corpos.
Nas câmaras de gás, usava-se o Zyklon B, um gás
extremamente mortal para humanos. Os nazistas testaram várias doses até chegar
à quantidade necessária para matar pessoas. Hoss chegou a escrever em seu
diário que a história do gás o deixara mais tranquilo, pois tinha horror aos
fuzilamentos, ao banho de sangue. As câmaras de gás eram uma maneira fácil,
eficente e limpa de matar.
No auge do campo, Auschwitz chegava a matar duas mil
pessoas por hora nas câmaras de gás. “Cada
unidade tinha 5 fornalhas e 3 salas, e estava habilitada a cremar, em 24 horas,
aproximadamente 2000 cadáveres. Por questões técnicas não era possível aumentar
suas capacidades, e várias tentativas que nós fizemos neste sentido
prejudicaram sobremaneira as instalações, as quais em vários casos foram postas
completamente fora de serviço”, declarou Hoss no julgamento de Nuremberg.
Os corpos eram incialmente
enterrados, mas logo isso se revelou pouco prático: no verão o cheiro no campo
ficava insuportável. Depois os corpos começaram a ser cremados. Era cavado um
buraco no chão e colocada uma grelha. Os corpos eram então amontoados,
intercalados com madeira e jogavam gasolina. As cinzas caíam por entre as
barras, liberando a grelha para que pudesse ser novamente usada. Posteriormente
foram construídos fornos com essa finalidade.
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