Assassinatos de judeus, ciganos e eslavos aconteceram
desde o início da II Guerra Mundial. Assim que os alemães conquistavam um
lugar, vinha logo depois as tropas da SS exterminar pessoas indesejadas. Eram
os eisatzgruppen (operações móveis de assassinato). Incialmente usava-se o
fuzilamento. Era comum juntar pessoas em um local fechado, como uma sinagoga, e
acionar uma metralhadora. Para isso, os nazistas muitas vezes contavam com
voluntários locais, ucranianos, lituanos e letões, que ajudavam capturar,
fuzilar e enterrar os corpos. Mas logo se descobriu que esse era um método
custoso. Além de dar muito trabalho, usava munição que era necessária no front.
Um exemplo disso aconteceu em 15 de agosto de 1941,
quando os nazistas resolveram fuzilar prisioneiros acusados de incitar uma
revoltar contra os alemães na Bielo-Rússia.
As vítimas chegavam em caminhões. Quando
viam as valas abertas, advinhavam o destino que teriam e saiam correndo, sendo
alvejados várias vezes. “Era um enorme esforço para fuzilar 100 pessoas”,
escreveu Himmler no seu diário.
Além disso, havia um efeito colateral. O assassinato de
crianças, mulheres e velhos estaria abalando o moral dos soldados alemães.
Naquele dia o chefe nazista se convenceu de que era
necessário arranjar uma maneira mais rápida, fácil e limpa de matar. Himmler
incubiu um tenente da polícia técnica e científica da SS, Albert Widman, de
encontrar uma resposta para essa questão.
Widman chegou a testar até caminhões com o cano descarga
voltado para o local onde estavam presos os judeus, mas esse método gastava
muita gasolina e nem sempre morriam todos.
A resposta foi o gás Zyklon B, um gás usado para matar
piolhos e pulgas, mas que tinha o incoveniente de ser fatal para humanos.
“Essa história do gás me tranquilizou. Sempre tive horror
das execuções com pelotões de fuzilamento. Fiquei aliviado ao pensar que
seríamos poupados daquele banho de sangue”, admitiu Rudolf Hoss, comandante de
Auschwitz.
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