Lobisomem é um homem capaz de se
transformar em lobo. A lenda do lobisomem é muito antiga.
Na mitologia grega, o pugilista
Damarco Parrásio ganhou a capacidade de se transformar em lobo após um
sacrifício a Zeus.
No livro Satyricon, de Petrônio (o
primeiro romance do Ocidente) fala-se de um soldado que podia se transformar em
lobo após urinar sobre as próprias vestes.
O Licantropo dos gregos é o mesmo que
o Versipélio dos romanos, o Volkodlák dos eslavos, o Werwolf dos saxões, o
Wahrwolf dos germanos, o Óboroten dos russos, o Hamtammr dos nórdicos, o
Loup-garou dos franceses, o Lobisomem da Península Ibérica e da América Central
e do Sul, com suas modificações fáceis de Lubiszon, Lobisomem, Lubishome; nas
lendas destes povos, trata-se sempre da crença na metamorfose humana em lobo,
por um castigo divino.
Na Alemanha medieval foram realizados
diversos julgamentos de pessoas que saiam à noite na forma de lobos para
devorar velhos e bebês.
O mais famoso desses julgamentos de
licantropia aconteceu na cidade de Colônia, em 1589. Peter Stubb confessou que
usava um cinto mágico para se transformar em um lobo ávido e devorador, tendo
cometido muitos crimes. Para voltar à forma humana, bastava tirar o cinto.
Stubb foi condenado e sua pele foi arrancada do corpo, seus membros quebrados e
seu cadáver queimado até virar cinza.
Nessa época, acreditava-se que para
virar lobisomem a pessoa precisava tomar uma porção com o corpo nu, envolto na
pele de um lobo, numa noite de lua nova. Para voltar a se transformar em
humano, bastava urinar.
No Brasil, a lenda varia de região
para região. Em alguns locais, o lobisomem é o oitavo filho de uma família de
sete mulheres, em outros é o oitavo filho de uma família, independente do sexo
dos irmãos. Acredita-se que ele se transforma à meia-noite, durante a lua
cheia, em uma encruzilhada.
Em outros locais, diz-se que é
possível transformar-se em lobisomem esponjando-se onde o jumento esponjou e
dizendo palavras do livro de São Cipriano.
Acredita-se que o ser transformado sai
pela noite atacando pessoas, mordendo-as e comendo crianças não batizadas.
A única forma de matar um lobisomem
seria atingi-lo com um artefato feito de prata, seja uma bala ou uma faca.
A cidade de Juanópolis, no interior de
São Paulo, é considerada a capital brasileira dos lobisomens por causa do alto
número de avistamentos registrados.
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