sexta-feira, outubro 20, 2017

Cidade Sorriso dos mortos vivos


riso dos mortos vivos é um tijolão de 350 páginas, uma das maiores antologias de quadrinho já publicadas no Brasil. Organizada por Antonio Eder e Walkir Fernandes, a coletânea parte de uma premissa interessante: o que aconteceria se Curitiba fosse invadida por zumbis? Eu colaborei com três histórias.

“Só tem zumbi em um quadrinho” é desenhado por Márcio Freire (responsável pelas cores da premiada graphic novel Manticore), com argumento de Antonio Eder e texto meu. Essencialmente, o Márcio queria participar da coletânea, mas desenhando algo no estilo Conan, o Antonio bolou uma ideia e coube a mim justificar tudo. Destaque para a página final, em que eu, Antonio e Márcio aparecemos comentando a HQ. E, sim, só tem zumbi em um quadrinho.

“Os dias são todos iguais” tem roteiro meu e arte de Antonio Eder. O objetivo era fazer uma história sobre alienação. Nela, um rapaz está ouvindo um podcast sobre zumbis e andando pela cidade: está tão concentrado que não percebe que está vivendo um apocalipse zumbi. Destaque para a genialidade narrativa de Antonio Eder, sem o qual a história não teria metade a graça.


“Machado, o detetive do inexplicado” é outra parceria minha com o Antonio. Dessa vez homenageamos um amigo, o agitador cultural, cineasta, quadrinista e mais uma centena de coisas, Carlos Alberto Machado. A história mistura metalinguagem, lógica, OVNIS, neonazistas e zumbis e tem uma estrutura em loop. Destaque para a página inicial em que um rapaz entra em um sebo e encontra algumas obras “pouco interessantes”: Coronel Ordem, dos desconhecidos Gian Danton e Bené Nascimento, Batman de Orson Welles etc. 

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