Lex Luthor e Brainiac são, provavelmente, os dois
principais adversários do Superman. Os dois se uniram para tentar derrotar o
herói na história publicada Superman 167, com roteiro de Edmond Hamilton e
desenhos de Curt Swan.
Na trama, Luthor consegue fugir da prisão usando mais de
uma de suas muitas estratégias científicas e tenta destruir o homem de aço
lançando sobre ele um míssil com uma ponta de kriptonita verde. Mas o herói é
mais esperto e, ao dar várias voltas ao redor da terra, faz com que a ogiva se
destrua através do atrito com o ar.
É quando o careca decide que precisa de um aliado igualmente
inteligente.
Naquela época, tudo nos roteiros era muito conveniente e,
convenientemente, o cientista do mal tem uma “sonda perscrutadora de mentes”,
que lhe permite achar pessoas inteligentes em qualquer lugar e qualquer época.
Era a forma do roteirista que o roteirista Edmond Hamilton encontrou para contar
a origem de Brainiac: em um planeta distante de pessoas verdes, os cientistas
criaram robôs super inteligentes, que tomam o poder. E esses robôs decidem
enviar espiões para outros planetas, afim de conquistá-los. Como as pessoas ali
eram verdes, os robôs fazem o espião verde, achando que esse é o padrão do
universo. Esse espião é Brainac.
Decidido que o robô alienígena é seu aliado ideal, ele o liberta
da prisão onde o super-homem o prendeu de uma forma que só seria possível
naqueles tempos inocentes da era de prata: eles botam fogo na grama e nas
árvores, o que faz com que os portões se abram. “Como imaginei! Superman deixou
sensores que abririam automaticamente sua cela em caso de ameaças como
inundações e incêndios!”. Os heróis da DC àquela época eram bonzinhos de dar
dó.
Na tentativa de derrotar o homem de aço, os dois passam por
um planeta em que Luthor é considerado um herói e o leitor descobre que Brainac
é responsável por miniaturizar a cidade de Kandor.
A história inclui uma passagem por um mundo onde Luthor é um herói.
Era incrível como os quadrinhos do super dessa época uniam
ingenuidade com inventividade em história que em que não havia praticamente
nenhuma violência. Reflexo direto de uma época mais inocente. Contribui muito
para isso o desenho limpo e bonito de Curt Swan, quase sempre sem cenários,
destacando os personagens. Não é à toa que quando quis produzir uma história
para homenagear a era de prata, antes da reformulação de John Byrne, Alan Moore
fez questão que a história fosse desenhada por Curt Swan. O seu traço virou
símbolo de uma época.
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