sexta-feira, setembro 19, 2025

A aliança Luthor/Brainiac

 


Lex Luthor e Brainiac são, provavelmente, os dois principais adversários do Superman. Os dois se uniram para tentar derrotar o herói na história publicada Superman 167, com roteiro de Edmond Hamilton e desenhos de Curt Swan.

Na trama, Luthor consegue fugir da prisão usando mais de uma de suas muitas estratégias científicas e tenta destruir o homem de aço lançando sobre ele um míssil com uma ponta de kriptonita verde. Mas o herói é mais esperto e, ao dar várias voltas ao redor da terra, faz com que a ogiva se destrua através do atrito com o ar.



É quando o careca decide que precisa de um aliado igualmente inteligente.

Naquela época, tudo nos roteiros era muito conveniente e, convenientemente, o cientista do mal tem uma “sonda perscrutadora de mentes”, que lhe permite achar pessoas inteligentes em qualquer lugar e qualquer época. Era a forma do roteirista que o roteirista Edmond Hamilton encontrou para contar a origem de Brainiac: em um planeta distante de pessoas verdes, os cientistas criaram robôs super inteligentes, que tomam o poder. E esses robôs decidem enviar espiões para outros planetas, afim de conquistá-los. Como as pessoas ali eram verdes, os robôs fazem o espião verde, achando que esse é o padrão do universo. Esse espião é Brainac.  

A origem de Brainiac. 


Decidido que o robô alienígena é seu aliado ideal, ele o liberta da prisão onde o super-homem o prendeu de uma forma que só seria possível naqueles tempos inocentes da era de prata: eles botam fogo na grama e nas árvores, o que faz com que os portões se abram. “Como imaginei! Superman deixou sensores que abririam automaticamente sua cela em caso de ameaças como inundações e incêndios!”. Os heróis da DC àquela época eram bonzinhos de dar dó.

Na tentativa de derrotar o homem de aço, os dois passam por um planeta em que Luthor é considerado um herói e o leitor descobre que Brainac é responsável por miniaturizar a cidade de Kandor.

A história inclui uma passagem por um mundo onde Luthor é um herói. 


Era incrível como os quadrinhos do super dessa época uniam ingenuidade com inventividade em história que em que não havia praticamente nenhuma violência. Reflexo direto de uma época mais inocente. Contribui muito para isso o desenho limpo e bonito de Curt Swan, quase sempre sem cenários, destacando os personagens. Não é à toa que quando quis produzir uma história para homenagear a era de prata, antes da reformulação de John Byrne, Alan Moore fez questão que a história fosse desenhada por Curt Swan. O seu traço virou símbolo de uma época.

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