Mídias
são os meios de comunicação de massa usados para
divulgar os anúncios. Cada mídia tem características e linguagens diferentes,
que devem ser respeitadas. É famoso o
caso de um candidato que aproveitou para o rádio uma propaganda de TV que
dizia: “Como se pode ver no gráfico...”. Seu esquecimento de que no rádio as
pessoas não podem ver gráficos fez com que ele se tornasse motivo de piada entre
os eleitores.
A
televisão é a extensão do ouvido e do olho. As informações são fragmentadas e
não há necessidade de linearidade. Em 1965, um operador de VT da rede americana
NBC trocou os rolos de um filme e a história ficou fora de sequência.
Surpreendentemente, ninguém percebeu. Se fosse em um cinema, todos perceberiam,
mas, quando se assiste à televisão, a maioria das pessoas está dispersa e
espera informações fragmentadas. Isso reforça o fato de que o telespectador é
desatento, pouco concentrado e quer diversão. Na TV a publicidade deve apelar
para a emoção, ser rápida e divertida. A televisão é a mídia mais cara e, por
isso, a mais perigosa. Um anúncio de televisão deve ser muito bem pensado,
inclusive em termos de segmentação, para evitar prejuízos.
Já
o rádio usa o ouvido. Essa mídia permite uma maior participação do ouvinte e
uma maior interação deste com o locutor. O locutor é visto como um amigo
íntimo. Assim, muitas vezes, quando ele anuncia um produto, não parece
propaganda, mas o conselho de um amigo. O anúncio em rádio tem preço baixo e
permite selecionar o público-alvo. Por exemplo, quem trabalha com roupas para
jovens pode patrocinar um programa de rock.
Mas
atenção: há programas para escutar e ouvir. Programas para ouvir são como
músicas de fundo. As pessoas simplesmente ligam o rádio e fazem suas tarefas
diárias. Nesse tipo de programa, o ideal é veicular mensagens simples e breves,
jingles e slogans, por exemplo. Nos
programas para escutar, a figura muda um pouco. Eles são feitos para as pessoas
pararem seus afazeres e prestar atenção ao que está sendo passado, como os
programas jornalísticos. Permitem também campanhas mais elaboradas. A fala do
locutor, reforçando a publicidade, é fundamental, pela intimidade que ele tem
com o ouvinte.
Também
é importante distinguir rádio AM de FM. A rádio AM tem um estilo mais lento e é
mais ouvida no meio rural. As rádios FM costumam ter um ritmo mais rápido e são
geralmente ouvidas nas áreas urbanas e por jovens.
As revistas usam os olhos e o tato.
Destacam-se pela duração (uma revista pode ser colecionada ou repassada a
outras pessoas). Leitores de revistas costumam ser fiéis e isso é bem
representado pelas assinaturas. Nas revistas os anúncios concorrem não só com
outros anúncios, mas também com as matérias, por isso devem ser particularmente
atraentes e chamarem a atenção do leitor. Pelas características do meio, as
propagandas permitem um maior aprofundamento e mais textos (observe a diferença
entre as propagandas de carros na TV e nas revistas e veja que as de revistas
trazem muitos mais detalhes).
Os
jornais são considerados um meio mais efêmero que a revista, afinal, poucas
pessoas colecionam jornais. O anúncio deve ser atraente, mas geralmente tem
menos opções criativas que as revistas (como uso de cores e fotos). Funciona
bem em lançamentos de campanhas, pois os anúncios bem feitos confundem-se com a
notícia: a inauguração de um shopping, por exemplo, pode dar origem a um informe
publicitário, que apresenta características comuns com as matérias.
Sem comentários:
Enviar um comentário