segunda-feira, novembro 06, 2017

Pacto de sangue


Billy Wilder é um diretor que nunca fez um filme ruim e que tem obras-primas nos mais variados gêneros: uma das melhores comédias de todos os tempos (Quanto mais quente, melhor), um ótimo filme de tribunal (Testemunha de acusação), um drama antológico (Crepúsculo dos deuses), o melhor filme sobre o alcolismo (Farrapo humano) e um dos grandes filmes noir.
Esse último é representado por Pacto de sangue, escrito por Wilder em parceria com Raymond Chandler, um dos mestres do gênero.
O filme, de 1944, conta a história de um corretor de seguros que é seduzido por uma linda mulher para matar o marido dela no que deveria parecer um acidente de trem, possibilitando a ela ganhar uma pequena fortuna para a época (100 mil dólares). O filme se sustenta no suspense sobre se os dois serão descobertos ou não, mas tem muitos outros atrativos. Entre eles os diálogos rápidos, cortantes, cheios de duplo sentido (o que, aliás, é um problema para que assiste a uma versão legendada).
Também merece destaque o início, genial: o personagem Walter Neff chega ao escritório da companhia de seguros e começa a gravar uma confisssão. O espectador passa boa parte do filme imaginando porque dessa confissão. Ou seja: somos fisgados desde o primeiro minuto. 

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