Mark Millar é um cara que quando acerta, acerta
maravilhosamente. Exemplo disso a série Starlight, lançada no Brasil como álbum
pela editora Panini.
Na história, um aventureiro espacial – no melhor estilo
Flash Gordon e Adam Strange – de repente se descobre velho e sozinho após a
morte da esposa. Os filhos, assim como todos os outros, não acreditam nas suas
histórias sobre como ele foi transportado para um planeta distante e lá se
tornou o principal responsável pela queda de um tirano global. Lembranças da época
de suas aventuras misturam-se com cenas patéticas de supermercado, em que
garotos ironizam sua ida para outro mundo.
Tudo muda quando uma nave aterrissa em seu quintal. É um
garoto alienígena que pede seu socorro: mais uma vez o planeta distante precisa
de sua ajuda, agora para combater uma invasão alienígena.
A série oscila bem entre a aventura, a nostalgia, os
conflitos psicológicos e físicos do protagonista e entrega ótima ação, numa
história que é impossível deixar de lado. Contribui muito para isso o ótimo
desenho do croata Gorlan Parlov, perfeito nas cenas urbanas e caseiras, mas
simplesmente deslumbrante quando mostra o planeta extraterrestre.
Há muito tempo não via um quadrinho de ficção científica bom
como esse.
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