Kinsey - vamos falar de sexo,
filme de 2004, dirigido por Bill Condon, é a cinebiografia do cientista que, no início da
década de 1940 sacudiu a América ao mostrar em suas pesquisas que a variedade é
mais comum que a uniformidade quando se fala em sexo. Ele entrevistou milhares
de norte-americanos e descobriu números que contrariavam tudo que os moralistas
diziam. Se a maioria faz uma coisa, isso não pode ser considerado errado, dizia
Kinsey.
Num país que tinha leis proibindo
o sexo oral, Kinsey foi perseguido por conservadores e puritanos.
Um detalhe interessante é que o
filme quase foi proibido nos EUA, justamente pelos fanáticos religiosos que
haviam perseguido Kinsey.
Se há alguma lição em Kinsey é de
que os censores estão sempre tentando esconder algo sobre si mesmos. Incapazes
de lidar com seus desejos e impulsos, esses censores voltam-se para o externo, censurando
tudo que não dominam.
Censores são sempre figuras inseguras,
mas que não assumem essa insegurança. Criam para si uma máscara de auto-domínio
e segurança, enquanto são açoitados por dentro pela dúvida.
Parece que figuras desse tipo são
cada vez mais comuns...
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