O filme Zuzu Angel (Sérgio Resende,
2006) conta a história da estilista
brasileira, famosa nos EUA, que teve um filho preso, torturado e morto pela
Ditadura Militar. A partir de então, empreendeu todos os esforços para tentar
achar o filho do corpo e depois, quando ficou claro que nem o corpo existia
mais, denunciar o ocorrido. É um filme que poderia cair facilmente no
dramalhão, algo como foi Olga, mas foi salvo pelo ótimo roteiro e pela direção
inspirada. Os personagens são muito bem trabalhados, como ótimas interpretações
de Patrícia Pillar no papel título e Daniel de Oliveira como o filho.
Um recurso narrativo interessante foi contar a
história através de flash-backs. Zuzu recebe a confissão de um dos torturadores
que mataram seu filho e está fugindo dos militares, na tentativa de passar os
documentos para a Anistia Internacional. E o restante da história é contado com
flash backs sobre flash backs, de forma não-linear. Um filme soberbo. Destaque
também para a ótima abertura com fotos da época e a pungente música: “Não se
assuste pessoa, se eu te disser que a vida é boa!”.
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