Ano passado os fãs de quadrinhos foram surpreendidos pela notícia
de que a editora Abril deixaria de publicar quadrinhos Disney. Surpreendente
porque Pato Donald foi a primeira publicação da editora.
Este ano, para alegria dos fãs de quadrinhos, a editora Cultura
anunciou que retomaria a publicação dos personagens. A Culturama já vinha
publicando material Disney desde 2015 e seu esquema de vendas pode ser uma
solução para esta época de falência das bancas: através de gôndolas em lojas e
mercados.
Eu comprei Tio Patinha número zero em uma loja de utilidades
(Comercial Lages) e foi uma bela surpresa. A edição é caprichada. O papel tem
uma qualidade melhor que o da Abril, o preço está em conta (R$ 4,50) e a seleção
de histórias é realmente especial.
A revista abre com material italiano, “O grande amor do Tio
Patinhas”, de Bruno Concina e Giorgio Cavazzano. A história mostra uma nova
personagem, a empresária Mac Gold, que vence uma licitação em Patópolis e
descobrimos que é o grande amor do Tio Patinhas. Os material italiano é
especial, com destaques para os desenhos, mas aqui o roteiro apresenta também
uma dinâmica interessante, com o Patinhas tentando reconquistar a concorrente –
a ponto de gastar dinheiro!
“O papel do dinheiro”, com roteiro do norueguês Terje Nordberg e
desenhos do espanhol Maximino Tortajada Aguilar tira seu humor do contraste
entre Patinhas e os novos ricos da internet: no clube dos milionários, o pato
encontra Bit, um garoto que fez fortuna na Patonet. É o melhor roteiro do
volume, com uma boa sacada final.
“Ouro esquecido”, a história que fecha o volume lembra muito as
melhores histórias de Carl Barks e de seu mais famoso discípulo, Don Rosa. Os
roteiros são do americano Byron Erickson e os desenhos do espanhol Francisco Rodriguez
Peinado.
Enfim, como diz a capa, é uma edição de colecionador.
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