Na semana passada foi
aprovada a reforma da previdência. Uma reforma que castiga o povo e mantém
privilégios. Políticos, por exemplo, continuam a aposentadoria especial (a não
ser que optem pela aposentadoria via INSS, o que a maioria que votou a favor da
reforma preferiu não fazer).
No dia fiz várias publicações.
Nada agressivo, nenhuma mentira. Opiniões e links sobre o assunto. Um ou mais
dos meus amigos não gostou e denunciou tudo. Resultado: o Facebook resolveu me
dar uma lição, me bloqueando para publicações durante uma semana (e não faça
mais isso, ou vamos bloquear você por todo um mês!).
Nessa mesma semana, um
amigo ficou bloqueado porque compartilhou um link de uma matéria sobre um
nazista que tinha abandonado o fascismo após ficar amigo de uma mulher negra.
Sim, isso mesmo. E, sim, a notícia era verdadeira. Mas Zuckerberg e sua equipe
acharam que era o tipo de coisa que não poderia ser publicada em sua rede
social.
No mesmo período apareceu
em meu feed, compartilhado por vários contatos, um vídeo totalmente fake das
FARCs. Tão fake e mal-fake que a deputada que o compartilhou depois foi
obrigada a apagar. Mas, pelo que vi aqui, nenhuma das pessoas que compartilhou
esse vídeo foi bloqueada. Continuaram publicando normalmente.
Também no mesmo período o
Facebook decidiu banir meu blog, provavelmente também por causa de denúncias –
e olhem que eu estava evitando falar de política no blog. Estou impossibilitado
de publicar no Face qualquer postagem do meu blog. Para sempre. Banido.
Tudo isso na mesma semana
em que um deputado e até um ministro de estado falam em reviver o AI-5 e até
mesmo cogitar como isso seria feito se no Brasil começassem manifestações a
exemplo das que estão acontecendo no Chile.
Do episódio, duas
conclusões: 1) preciso escolher melhor quem aceito como amigo nas redes sociais; 2) quando surgir outra
rede com características parecidas, que permita divulgar meus textos e que não
esteja comprometida com visões autoritárias, bye bye Facebook.
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