quinta-feira, fevereiro 27, 2020

A Balsa da Medusa


A Balsa da Medusa, de Théodore Géricault, pintura de 1818,  é considerada por muitos como o marco inicial do romantismo nas artes plásticas. Ela retrata um fato real: o naufrágio da barcaça Medusa. O barco, que levava colonos para a África, afundara graças à inabilidade do capitão, que conseguira o cargo graças a indicações políticas.
Embora a Medusa transportasse 400 pessoas, incluindo 160 tripulantes, os barcos só tinham espaço para cerca de 250 pessoas. Os outros 146 homens e uma mulher, amontoaram-se numa jangada feita às pressas. Tinham para comer apenas um saco de biscoitos. Para beber, dois barris de água (que se perderam no mar depois de uma briga) seis barris de vinho. Foram 13 dias à deriva até serem encontrados por acaso por um navio francês que passava pela região. Para sobreviver, tiveram que recorrer até mesmo ao canibalismo. O quadro mostra o momento em que os sobreviventes avistam o barco que os resgataria.
A história na época gerou grande comoção na opinião pública francesa. Gericault pintou o tema com grande emoção e, embora retratasse pessoas normais, a imagem é épica (reforçada pela escolha de colocar a cena no meio de uma tempestade), duas das características do romatismo nas artes, além do tema social. Uma curiosidade: Delacroix, que viria a ser o grande nome do romantismo era amigo de Géricault e pousou para o amigo (é a figura caída em primeiro plano, com o braço estendido).

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