quinta-feira, fevereiro 27, 2020

Castração química e estupradores



Um assunto que tem entrado na pauta do dia é castração química. Muitos defendem o procedimento como forma de “tratar” estupradores e impedir que eles cometam novos crimes.
Mas será que esse procedimento realmente funcionaria?
Um exemplo que pode nos dar um indicativo nesse sentido é o do russo Andrei Chikatilo. Chickatilo sofria de disfunção erétil. Ou seja, ele era incapaz de ter uma ereção. E era também estuprador.
Em 1978 ele sequestrou uma menina de 8 anos e tentou estuprá-la. Incapaz de conseguir uma ereção, ele, em um momento de fúria, esfaqueou a menina. Foi quando percebeu que podia conseguir prazer sexual de uma maneira muito mais satisfatória: matando. Gostou tanto do prazer que sentiu ao matar a vítima que se tornou um dos maiores assassinos em série de todos os tempos, com mais de 50 assassinatos.
A falta de ereção não impediu que ele cometesse os crimes, só direcionou para uma outra forma de satisfação sexual: o assassinato.
A maioria das pessoas parte do princípio de que o estuprador estupra para satisfazer o desejo sexual (ou ao menos no sentido mais convencional de satisfação sexual). Se essa fosse a questão, ele procuraria uma prostituta. O estuprador estupra porque o que mais o excita é a humilhação e sofrimento da vítima. A penetração é apenas um meio para isso, mas nem de longe o mais importante. Se não for capaz de ter uma ereção, o psicopata irá redirecionar isso para que realmente é a fonte de seu prazer: a humilhação, sofrimento e morte da vítima.
Para estupradores só existe uma solução: manter preso. 

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