sexta-feira, fevereiro 14, 2020

Corto Maltês – juventude




Os argentinos adoram quadrinhos. Tanto que o principal jornal do país, El Clarin, lançou diversas coleções de quadrinhos. Uma delas é uma simpática coleção dedicada ao personagem Corto Maltês, de Hugo Pratt. Capa dura e formatinho, os álbuns são verdadeiros itens de colecionador. 
Uma curiosidade é que Pratt começou a carreira na Argentina, fazendo trabalhos para Hector oesterheld. Só depois foi para a Europa, onde fez grande sucesso com seu personagem aventureiro. 
O desenho de Pratt é simples, limpo, muito focado em closes, de modo que funciona bem no formatinho. 
O interessante deste volume é que o protagonista da série, corto maltês, só aparece na parte final do álbum. A história é toda focada em dois personagens históricos: o escritor Jack London e Rasputin, que viria a ser o preferido da família do csar.
A história se passa durante a guerra russo nipônica e mostra Rasputin como um assassino mal caráter e London como um homem honrado correspondente de guerra envolvido com um problema aparentemente sem solução: ele terá de travar um duelo com um mortífero soldado japonês. O código de conduta faz com que nenhum dos dois possa fugir do duelo, que terminará inevitavelmente com a morte de um dos dois, provavelmente de London.
O charme da história estar em tentar adivinhar como London resolverá seu dilema e se Rasputin conseguirá fugir depois de ter matado soldados russos e japoneses. 
Eu comprei o volume em um sebo de Buenos Aires a um preço irrisório: 100 pesos, o equivalente a pouco mais de 6 reais.


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