No início da década de 1990 o Tocha Humana original foi resgatado pelos roteiristas da Marvel e passou a fazer parte dos Vingadores da Costa Oeste. Isso reascendeu o interesse pelo personagem, o que levou a editora a lançar uma minissérie em quatro capítulos com o herói. Para escrever o roteiro foi chamado o veterano Roy Thomas e para desenhar, Rich Buckler, que na década de 1970 ficou famoso com o personagem Deathlock.
Com uma equipe dessas era difícil fazer algo ruim. Mas fizeram.
Resgatar histórias de personagens clássicos funcionou muito bem na série A era de ouro, em que James Robinson revisita os principais personagens da era clássica da DC em uma bela homenagem.
Alan Moore fez um pastiche da Marvel na minissérie 1963, imitando até a cor reticulada e o papel vagabundo usados na década de 60.
Mas ambos traziam algo a mais, um novo olhar sobre esses personagens.
O Tocha Humana de Thomas apenas reconta os principais fatos da cronologia do herói. É como uma sinopse apressada, que não tem tempo de desenvolver nada. A história começa com alguma profundidade, mostrando o ponto de vista do androide que se tornaria o primeiro herói da Marvel. Mas logo essa abordagem mais introspectiva é abandonada e a história passa a ser dominada por diálogos infantis e fatos sumariados rapidamente.
No Brasil essa história foi lançada em 1993, número quatro da coleção Épicos Marvel e acabou se destacando mais pela capa prateada, uma novidade nos quadrinhos àquela época.
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