O Doutor Destino é um dos mais recorrentes inimigos do
Quarteto Fantástico. E também um dos mais interessantes e complexos. Ele tem
uma relação com Reed Richards de admiração e ódio, é um vilão científico que
lida com a magia.
Ao assumir o título do Quarteto Fantástico, Mark Waid
resolveu trazer o vilão de volta e explorar todas essas contradições e levá-lo
ao extremo. Para derrotar o Senhor Fantástico ele sacrifica aquilo que mais ama,
o que o torna extremamente poderoso numa área que o seu adversário que não
domina: a magia. Essa é a trama de Quarteto Fantástico – inconcebível, volume
30 da coleção de graphic Marvel da Salvat.
Mark Waid é um cara que, embora não seja genial, sabe elevar
a qualidade de um título respeitando sua essência e essa saga é um ótimo
exemplo.
O Doutor Destino dessa fase é um vilão de respeito, alguém disposto
a tudo para concretizar sua vingança, até mesmo enviar o filho de Reed e Sue
para o inferno. Por outro lado, coloca seu adversário numa situação com a qual
ele não consegue lidar. Afinal, o Senhor Fantástico é um homem cético, de ciências,
e não um mago, o que aumenta em muito no leitor a sensação de que o grupo
finalmente encontrou uma situação da qual não há escapatória.
Se essa aventura já é muito boa, a seguinte, com as consequências
do ataque de Destino é ainda melhor. Waid sabe como aprofundar os personagens e
aproveitar o conceito de família do Quarteto como ninguém.
O grande problema é o desenho de Mike Wieringo. Os demônios,
por exemplo, parecem caricaturas de demônios e o leitor fica se perguntando
como os personagens estão tendo medo daquilo.
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